Chineses mineram ether usando dezenas de notebooks com chip Nvidia

Postagens em redes sociais chinesas mostram dezenas de notebooks com GPUs GeForce RTX 30 minerando ether (ETH)

Bruno Ignacio
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• Atualizado há 2 anos e 10 meses
Notebooks com placas GeForce RTX 30 minerando ether (Imagem: BTCer/Weibo)
Notebooks com placas GeForce RTX 30 minerando ether (Imagem: BTCer/Weibo)

Notebooks equipados com placas GeForce RTX da série 30 da Nvidia estão sendo usados na China para minerar ether (ETH). Algumas publicações na popular rede social chinesa Weibo mostram pilhas de computadores dedicados a atividade. Múltiplas reportagens da mídia estrangeira também confirmam o que vem ocorrendo.

Chineses usam placas Geforce RTX 30 para minerar

No dia 6 de fevereiro, um usuário chamado BTCer publicou no Weibo uma série de imagens mostrando dezenas de seus notebooks gamers equipados com placas de vídeo GeForce RTX da série 30. “Uma mina de laptops foi montada”, afirmou a postagem, revelando que todos aqueles computadores estão sendo dedicados à mineração de criptomoedas.

Enquanto isso, reportagens do Cointelegraph e de outros portais internacionais especializados afiram que o conjunto de placas gráficas está sendo usado para minerar especificamente ether.

Um único notebook pode minerar 2,3 ETH por ano

Um vídeo na plataforma chinesa Bilibili mostra o quão “fácil” é minerar a criptomoeda utilizando uma GPU GeForce RTX 3060. A usuária Fish Pound F2pool demonstrou a atividade conectando seu notebook na tomada de um starbucks por duas horas. O resultado foi a extração de 0,00053 ETH, no valor estimado de US$ 0,89.

Estima-se que uma única placa de vídeo dessas consegue extrair até 2,3 ETH em um período de um ano. O montante equivale hoje a quase US$ 3,9 mil, ou cerca de R$ 20 mil. Uma produção dessa em território chinês seria capaz de cobrir os custos de equipamento e energia, enquanto ainda gera lucro ao longo de 12 meses.

Ether bate novo recorde de preço

O ether vem batendo sucessivos recordes de preço em curtos períodos. Nesta terça-feira (09) a moeda chegou a um novo máximo histórico de US$ 1.824. A disparada na valorização da criptomoeda está ligada a múltiplos fatores, sendo um deles a maior atividade de mineração registrada.

Além disso, grandes empresas já negociam centenas de contratos futuros, uma nova modalidade de ativo financeiro envolvendo o ether. Lançado ontem pela corretora internacional Chicago Mercantile Exchange (CME), esse tipo de investimento se baseia no compromisso firmado entre duas partes sobre a compra ou venda do criptoativo a um determinado preço e em data pré-estabelecida.

Assim, a demanda de ether no mercado cresceu consideravelmente. Enquanto isso, o bitcoin (BTC) também tem seu importante papel na valorização da moeda digital. O bilionário Elon Musk e a Tesla, sua empresa de carros elétricos, anunciaram também nesta última segunda-feira uma compra de US$ 1,5 bilhões em BTC.

Assim, a criptomoeda se encontra com liquidez cada vez menor enquanto a demanda não para de subir. Como consequência, os investidores institucionais se voltam ao ether que possui maior oferta e agora se encontra em uma posição tão promissora quanto o bitcoin.

Com informações: Cointelegraph

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Ex-autor

Bruno Ignacio é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Cobre tecnologia desde 2018 e se especializou na cobertura de criptomoedas e blockchain, após fazer um curso no MIT sobre o assunto. Passou pelo jornal japonês The Asahi Shimbun, onde cobriu política, economia e grandes eventos na América Latina. No Tecnoblog, foi autor entre 2021 e 2022. Já escreveu para o Portal do Bitcoin e nas horas vagas está maratonando Star Wars ou jogando Genshin Impact.

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