Você poderá usar o Photoshop completo nos Chromebooks e no Chrome para Windows
Os Chromebooks acabam de ficar mais interessantes. Até ontem esses notebooks com Chrome OS eram bastante limitados, não fazendo muito mais do que acessar páginas da web, mas a partir desta segunda-feira (29) será possível usar o famoso editor de imagens Photoshop, resultado de uma parceria entre Google e Adobe.
Qual o segredo para um software tão pesado rodar em uma plataforma que foca principalmente em máquinas com hardware simples? Bom, na verdade, o Photoshop não será executado diretamente nos Chromebooks. Ele funcionará como um software por streaming e rodará remotamente, em um ambiente virtualizado. A ideia é que você consiga usar o Photoshop em qualquer lugar, e o Chromebook seria uma segunda máquina para isso.
Tirando algumas exceções, o Photoshop por streaming será igual ao Photoshop que você instala no seu Windows e OS X. A Adobe cita alguns poucos recursos que, compreensivamente, não estarão disponíveis: não há suporte a periféricos (o que inclui sua impressora); inicialmente não será possível usar funções que dependam de processamento da GPU; e você só poderá abrir e salvar arquivos no seu Google Drive.
A novidade também chegará aos usuários do Chrome, mas apenas no Windows. Os requisitos mínimos não são altos: basta ter uma máquina com Windows 7 ou Windows 8, 512 MB de RAM (!) e 350 MB de espaço em disco. É bem menos que os 2 GB de RAM mínimos (e 8 GB recomendados) da versão tradicional. Também é necessária uma conexão com velocidade de 5 Mb/s e latência máxima de 250 ms.
Apenas o Photoshop rodará por streaming no momento (o que já é bastante coisa), mas a Adobe já sinalizou que pretende levar outros softwares para a nuvem: “com o Projeto Photoshop Streaming, estamos testando maneiras de oferecer acesso adicional aos nossos produtos independente de hardware — em outras palavras, a possibilidade de acessar nossos produtos de qualquer dispositivo sem baixá-los ou instalá-los”.
O problema é que o programa ainda está em beta, e os requisitos para participar são bem restritivos: além da obrigatoriedade de ter uma assinatura ativa da Creative Cloud, é necessário morar na América do Norte e ser um estudante ou professor verificado. Como assinante, estou ansioso para ver a novidade chegar ao resto do público — e curioso para ver quão bem isso vai funcionar.