Disney é líder de assinantes no streaming, mas Disney+ não chega no cenário ideal

Conglomerado tem maior número de usuários globais somando suas três plataformas (Disney+, ESPN+ e Hulu), mas enfrenta problemas financeiros na primeira

Paula Alves
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• Atualizado há 1 ano e 4 meses
Disney+ (Imagem: Marques Kaspbrak/Unsplash)
Disney+ (Imagem: Marques Kaspbrak/Unsplash)

Na última terça-feira (8), o Disney+ divulgou seu relatório financeiro do quarto trimestre fiscal de 2022. Apesar de a plataforma ter ganho 12,1 milhões de novos assinantes e a The Walt Disney Company se manter como a líder do mercado em contas pagantes, o streaming enfrentou um prejuízo de US$ 1,5 bilhão no período. Mesmo com perdas, empresa já tem planos para recuperação.

Líder em número de assinantes desde agosto de 2022, quando bateu a marca global de 221 milhões de usuários (somando Disney+, Star+ e Hulu) e ultrapassou a Netflix, a Disney tem batalhado para não perder seu reinado nos streamings.

A empresa revelou em sua carta aos investidores que, no último trimestre fiscal, ganhou 14,6 milhões de novas assinaturas. Número esse que, agora, a leva a ter nada menos do que 236 milhões de clientes nos três serviços combinados.

Só o Disney+ com seus 12,1 milhões de novos assinantes, já representam um aumento de 3 milhões em relação às previsões dos analistas. O que mostra que, ao menos na disputa para fidelizar audiência, a Disney tem conseguido provar que sabe muito bem como jogar o jogo.

Disney+ teve prejuízo no último trimestre

Viúva Negra chega sem cobrança adicional nos lançamentos de agosto do (Imagem: Divulgação/Disney+)
Viúva Negra foi um dos filmes do Premier Acess do Disney+ (Imagem: Divulgação/Disney+)

Apesar dos excelentes resultados em números de usuários pagantes, o Disney+ sofreu com perdas no período analisado. Ainda que o streaming já previsse um prejuízo operacional na casa dos US$ 0,8 bilhão, foi registrado, na verdade, um prejuízo de US$ 1,5 bilhão no trimestre.

Entre os motivos apontados para o rombo financeiro estão os maiores custos de produção e tecnologia com os quais a plataforma precisou arcar, além de um aumento nas despesas de marketing. Outro ponto levantado também foi o fim do Premier Access, que ainda estava em vigor no mesmo período analisado do ano passado e ajudou a trazer mais rentabilidade à plataforma.

Para quem não se lembra, o Premier Access foi um recurso disponibilizado pelo Disney+ durante parte da pandemia. Nele, mediante uma taxa extra, assinantes do streaming podiam assistir a títulos como Viúva Negra e Jungle Cruise, mesmo eles ainda não tendo saído dos cinemas.

Imagem tela Disney+
Disney+ (Imagem: Divulgação/ Disney+)

Novo plano e aumento de preço chegam em dezembro

Como medidas para diminuir suas perdas financeiras, o Disney+ irá aumentar o preço de sua plataforma e lançar um plano com anúncios. Mudanças essas que por enquanto estão restritas apenas aos EUA e chegarão ainda em dezembro para seus assinantes.

Na prática, isso quer dizer que nos EUA o preço do seu plano atual (sem anúncios) terá um aumento de 38%, chegando ao valor de US$ 10,99. Enquanto isso, o plano com anúncios, que ainda será lançado, custará US$ 7,99 mensais

As decisões já haviam sido anunciadas na carta aos investidores do último trimestre, mas foram reforçadas nesta nova apresentação por Bob Chapek, CEO da Walt Disney.

Segundo Chapek, as novidades devem colocar o Disney+ em um melhor caminho financeiro, de maneira que a empresa acredita alcançar lucratividade ainda no ano fiscal de 2024.

Com informações: Engadget e Disney+

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Paula Alves

Paula Alves

Repórter

Paula Alves é jornalista especialista em streamings e cultura pop. Formada pela Unesp (Universidade Estadual Paulista), antes do Tecnoblog, trabalhou por sete anos com jornalismo impresso na Editora Alto Astral. No digital, escreveu sobre games e comportamento para a Todateen e sobre cinema e TV para o Critical Hits. Apaixonada por moda, já foi assistente de produção do SPFW.

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