Empresa de cibersegurança descarta ataque DDoS com escovas inteligentes

Relato sobre 3 milhões de aparelhos bombou nos últimos dias, mas Fortinet esclarece que a situação não ocorreu.

Felipe Freitas

O suposto caso do ataque DDoS com uso de três milhões de escovas de dentes inteligentes não aconteceu. A empresa de cibersegurança Fortinet informou ao Tecnoblog que houve um erro de tradução na maneira como o caso foi explicado pelo jornal suíço Aargauer Zeitung, o primeiro a publicar a notícia.

A companhia disse que o ataque citado pela imprensa suíça tratava-se apenas de um exemplo ilustrativo, ou seja, uma hipótese, e que na realidade nenhum ataque do tipo foi detectado.

Apesar de confusão, caso não é impossível

(Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)
Crescimento de produtos IoT aumentam alvos de invasões e riscos de botnets (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Logo nas primeiras horas após a publicação da notícia, em 30 de janeiro, o caso começou a ser contestado na internet. Alguns observadores chegaram a questionar o número de 3 milhões de escovas de dente da categoria smart, que seria grande demais.

Entretanto, existe um risco real de aparelhos conectados à Internet das Coisas (IoT) serem usados para criar uma botnet e realizar ataques DDoS. Cada vez mais, vemos produtos do dia a dia ganhando versões com acesso à internet – e chega a ser questionável o real benefício dessa conectividade.

É necessário que as fabricantes se comprometam com o envio de atualizações de segurança e com a identificação de falhas. Sem isso, uma escova de dente, uma caixa de som ou olho mágico inteligente realmente podem ser invadidos.

Cabe lembrar que a notícia publicada pelo Aargauer Zeitung e sua posterior repercussão não se encaixam na definição de fake news, pois não é um material criado com o intuito de desinformar nem de manipular a opinião pública. Pelo que vemos, houve um erro na condução da entrevista e na tradução das falas dos porta-vozes.

Leia | O que são botnets?

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Felipe Freitas

Repórter

Felipe Freitas é jornalista graduado pela UFSC, interessado em tecnologia e suas aplicações para um mundo melhor. Na cobertura tech desde 2021 e micreiro desde 1998, quando seu pai trouxe um PC para casa pela primeira vez. Passou pelo Adrenaline/Mundo Conectado. Participou da confecção de reviews de smartphones e outros aparelhos.