Facebook proíbe edição de títulos em links compartilhados para combater notícias falsas

Emerson Alecrim
• Atualizado há 8 meses

Já faz algum tempo que o Facebook está tentando coibir notícias falsas na rede social, mas não há solução única. O problema só pode ser efetivamente combatido se várias medidas forem adotadas. Aqui está a mais nova delas: o serviço está implementando um recurso que impedirá que títulos, imagens e descrições de notícias sejam editados no momento do compartilhamento.

Hoje, quando um link é postado em uma página do Facebook, o usuário que o faz pode substituir os metadados originais — basicamente, título, descrição e imagem — para criar chamadas mais atraentes ou fazer testes. Assim, a página que exibe o conteúdo pode adotar um tom mais sério enquanto, no Facebook, a chamada ganha um tom informal para atrair acessos e gerar engajamento, por exemplo.

Facebook

O problema, como sempre, é o abuso. A possibilidade de editar a visualização prévia dos links vem sendo muito usada para disseminar informações com tom alarmista e, principalmente, notícias falsas — no Brasil, é relativamente comum esse tipo de conteúdo ser manipulado para parecer vir de veículos tradicionais, como Estadão e G1.

De acordo com o Facebook, a restrição será plenamente implementada em 12 de setembro. Até lá, veículos de imprensa, administradores e afins podem fazer ao Facebook uma solicitação de propriedade de suas páginas. As orientações para isso estão disponíveis nesta página de ajuda.

As páginas no Facebook que tiverem vínculo aprovado e não abusarem do recurso poderão continuar editando a visualização prévia dos links compartilhados ali. Note que cada solicitação será avaliada individualmente e só será aprovada se todas as condições forem respeitadas.

No restante dos casos, o compartilhamento de links continuará sendo permitido, mas as informações de descrição se limitarão àquelas extraídas dos metadados.

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Emerson Alecrim

Emerson Alecrim

Repórter

Emerson Alecrim cobre tecnologia desde 2001 e entrou para o Tecnoblog em 2013, se especializando na cobertura de temas como hardware, sistemas operacionais e negócios. Formado em ciência da computação, seguiu carreira em comunicação, sempre mantendo a tecnologia como base. Em 2022, foi reconhecido no Prêmio ESET de Segurança em Informação. Em 2023, foi reconhecido no Prêmio Especialistas, em eletroeletrônicos. Participa do Tecnocast, já passou pelo TechTudo e mantém o site Infowester.