Facebook vai abrir 10 mil vagas na Europa para desenvolver metaverso

Empregos serão altamente qualificados e distribuídos nos próximos cinco anos; Facebook promete que metaverso será aberto e interoperável

Giovanni Santa Rosa
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• Atualizado há 4 meses
Site do Facebook no celular (Imagem: Solen Feyissa/Unsplash)
Site do Facebook no celular (Imagem: Solen Feyissa/Unsplash)

O Facebook segue apostando alto na ideia de criar um novo ambiente na internet chamado metaverso. Em um comunicado divulgado no domingo (17), a companhia diz que vai criar 10 mil empregos na Europa relacionados a esse projeto ao longo dos próximos cinco anos.

Segundo a empresa, as vagas serão para pessoas altamente qualificadas. A companhia trata essas vagas como um investimento e um “voto de confiança na indústria e no potencial dos talentos de tecnologia da Europa”.

A nota é assinada por Nick Clegg, vice-presidente de relações globais, e por Javier Olivan, vice-presidente de produtos centrais da empresa. O texto menciona feitos tecnológicos do continente, como a vacina de RNA mensageiro da alemã BioNTech (feita em parceria com a americana Pfizer) e os planos da Suécia de eliminar o dinheiro físico até 2023.

“A necessidade de engenheiros altamente especializados é uma das principais prioridades do Facebook na jornada de tornar realidade o metaverso”, diz a empresa. “Nós esperamos trabalhar com governos por toda a União Europeia para encontrar as pessoas certas e os mercados certos para levar isso adiante.”

Metaverso será aberto e interoperável, promete Facebook

Segundo o texto, a ideia do metaverso é criar uma sensação de “presença virtual”, em que a interação online seja mais próxima da realidade. A companhia quer usar a realidade virtual e a realidade aumentada para conseguir esse efeito.

Anteriormente, a companhia explicou que a realidade virtual deve se desenvolver como uma plataforma social, no que seria uma espécie de MMO. Nesse ambiente, experiências com realidade aumentada tomariam o lugar das páginas da web.

Pulseira do Facebook leva movimentos para realidade aumentada (Imagem: divulgação/Facebook)
Pulseira do Facebook leva movimentos para realidade aumentada (Imagem: divulgação/Facebook)

Mesmo assim, o Facebook diz que nenhuma empresa será a dona desse ambiente nem a responsável por operá-lo. “Assim como a internet, sua característica principal será a abertura e a interoperabilidade”, diz o anúncio.

Facebook elogia medidas da União Europeia

O texto lembra de investimentos feitos pela empresa na Europa, como recursos para a Universidade Técnica de Munique e a abertura de seu primeiro grande laboratório de pesquisa em inteligência artificial no continente, que fica na França.

Um ponto curioso da nota é que ela destaca e apoia as medidas da União Europeia para “formatar as novas regras da internet”.

Bandeiras da União Europeia
Bandeiras da União Europeia (Imagem: Thijs ter Haar/Wikimedia Commons)

“Formuladores de políticas públicas estão liderando o caminho ao ajudar a integrar valores europeus como livre expressão, privacidade, transparência e direitos individuais ao funcionamento cotidiano da internet”, diz o anúncio, que enfatiza que estes valores também são importantes para a companhia.

Ao longo dos últimos anos, a União Europeia tem tomado medidas duras contras as chamadas big techs, como Google, Apple, Facebook e Amazon. Praticamente todas essas empresas foram objeto de investigações por práticas anticompetitivas. No caso do Facebook, os planos de unir o mensageiro da rede social ao WhatsApp e ao Instagram levou a questionamentos por parte das autoridades.

Com informações: Facebook

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Giovanni Santa Rosa

Giovanni Santa Rosa

Repórter

Giovanni Santa Rosa é formado em jornalismo pela ECA-USP e cobre ciência e tecnologia desde 2012. Foi editor-assistente do Gizmodo Brasil e escreveu para o UOL Tilt e para o Jornal da USP. Cobriu o Snapdragon Tech Summit, em Maui (EUA), o Fórum Internacional de Software Livre, em Porto Alegre (RS), e a Campus Party, em São Paulo (SP). Atualmente, é autor no Tecnoblog.

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