Netflix e estúdios de cinema veem Telegram e IPTV pirata como ameaças
Associação que defende a gigante do streaming e estúdios de Hollywood cita Telegram e Baidu como empresas que facilitam pirataria comercial
Associação que defende a gigante do streaming e estúdios de Hollywood cita Telegram e Baidu como empresas que facilitam pirataria comercial
A pirataria tem se tornado um mercado tão lucrativo que alguns provedores estão a oferecendo como um serviço. A Motion Picture Association (MPA), organização que representa grandes estúdios de Hollywood e a gigante do streaming Netflix, descreve o buscador Baidu, extremamente popular na China, e até o Telegram como ameaças ao copyright.
Em um novo documento elaborado no dia 8 de outubro, a MPA define algumas das principais ameaças aos direitos autorais de Hollywood. A associação que representa a Netflix e grandes estúdios reconhece que empresas e domínios na internet poderiam estar fazendo mais para combater a pirataria. Nesse sentido, a MPA cita o Baidu — buscador rival do Google e popular na China.
O mensageiro Telegram também aparece na lista de empresas problemáticas: a plataforma não possui meios eficientes de detectar e derrubar conteúdos piratas, de acordo com a representante da Netflix.
Quanto ao Baidu, as críticas são direcionadas a como a plataforma mantém conteúdos piratas em evidência em seus campos de pesquisa. Além disso, a MPA diz que o serviço de cloud da empresa, o Baidu Pan, deveria criar ferramentas que filtram conteúdos que violam os direitos autorais, para baní-los mais facilmente.
A MPA usou a expressão “Piracy as a Service” (ou pirataria como serviço, em tradução livre) para descrever o lucrativo mercado de conteúdo ilegal que ameaça a Netflix e Hollywood. No mundo da tecnologia, é possível encontrar siglas como SaaS (Software as a Service) ou BaaS (Banking as a Service), mas essa é a primeira vez que o mesmo é usado para pirataria.
Nesse sentido, Telegram e Baidu, por exemplo, seriam ferramentas que facilitam a atividade de piratas digitais, o que os enquadraria no PaaS.
“Neste ano, pela primeira vez, nossos relatórios incluem o termo ‘Piracy-as-a-Service’ como uma nova categoria para mercados notórios”, aponta a MPA, acrescentando que a expressão foi criada para ilustrar “a escala, sofisticação e lucratividade da violação comercial de direitos autorais online”
“O catálogo PaaS constitui um leque de serviços fora da prateleira que facilitam para supostos piratas criarem, operarem e monetizarem um balcão pirata. O provedores do PaaS abaixam o sarrafo para a entrada da pirataria comercial”
A nota da associação lista alguns dos suspeitos de sempre, como o famoso site Pirate Bay, que foi tirado do ar no Brasil por Claro, Oi, TIM e Vivo. Além do repositório de torrents, estão incluídos serviços de IPTV e apps de pirataria.
Algumas das menções são de sites famosos por oferecerem conteúdo pirata, como YTS e RARGB. Outros nomes familiares incluem Uploaded e Fmovies. A MPA ressalta que sites como esses são as maiores ameaças, porque têm em seus catálogos lançamentos recentes e com arquivos de “alta qualidade”.
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