Falta de chips já afeta produção de carros da GM e Hyundai

Empresas, como General Motors, Hyundai e outras, relatam impactos na produção de carros causados pela falta de chips

Bruno Gall De Blasi
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• Atualizado há 2 anos e 4 meses
Escassez de chips deve durar até 2022
Falta de chips já atinge produção de carros (Imagem: Brian Kostiuk/Unsplash)

A falta de chips já está atingindo a produção de carros pelo mundo. Recentemente, companhias como General Motors (GM), Hyundai e outras mais relataram os impactos causados pela ausência de peças na fabricação de automóveis. A alta demanda por componentes devido à pandemia e a guerra comercial entre os Estados Unidos e a China então entre os fatores que impulsionam a escassez global de semicondutores.

De acordo com o Ars Technica nesta quarta-feira (24), os impactos causados pela escassez de chips são observados em algumas empresas, como a General Motors. Em fevereiro, a GM afirmou que teria de interromper a produção em fábricas no Brasil, Canadá, Coreia do Sul, Estados Unidos (Kansas) e México. Em meio ao cenário crítico, a companhia optou por priorizar produtos que rendem mais lucros.

A companhia também sinalizou a adoção de medidas similares em outras duas unidades dos Estados Unidos. No Missouri, a GM irá paralisar a produção de caminhonetes de médio porte até, pelo menos, 12 de abril. A empresa ainda pretende suspender as atividades em mais uma fábrica, no Michigan, por duas semanas.

A Hyundai segue por um caminho parecido, ainda que não tenha paralisado a produção. A companhia observa um cenário mais complicado para o próximo mês e já começou a se preparar para focar em veículos mais populares. A Ford e Stellantis optaram por soluções parecidas: ambas estão produzindo carros sem alguns componentes para que sejam concluídos assim que houver reposição dos estoques.

Falta de chips afeta produção de celulares a carros

A escassez global de semicondutores vigora entre as principais preocupações do mercado nos últimos tempos. De acordo com a previsão de especialistas, a falta de chips pode durar até 2022, o que deve afetar o preço de consoles de videogame, computadores e afins.

A ausência de componentes é um dos reflexos da pandemia de COVID-19, que aumentou a demanda por produtos eletrônicos nos últimos meses. Ainda assim, a produção de chips não conseguiu acompanhar o processo. A guerra comercial entre os EUA e a China também está entre os fatores que impulsionou a escassez.

Além dos automóveis, as fabricantes de celulares também se encontram no grupo de empresas impactadas pelo esgotamento. É o que aponta o presidente da Xiaomi ao alertar para o possível aumento de preços em seus produtos devido à falta de chips.

Como se já não bastasse o cenário crítico, uma fábrica de semicondutores pegou fogo na última sexta-feira (19). Trata-se de uma unidade da Renesas Electronics, uma das maiores fabricantes de chips automotivos do mundo, localizada no Japão. O incidente pode prejudicar ainda mais a produção global de carros.

Com informações: Ars Technica

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Bruno Gall De Blasi

Bruno Gall De Blasi

Ex-autor

Bruno Gall De Blasi é jornalista e cobre tecnologia desde 2016. Sua paixão pelo assunto começou ainda na infância, quando descobriu "acidentalmente" que "FORMAT C:" apagava tudo. Antes de seguir carreira em comunicação, fez Ensino Médio Técnico em Mecatrônica com o sonho de virar engenheiro. Escreveu para o TechTudo e iHelpBR. No Tecnoblog, atuou como autor entre 2020 e 2023.

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