Fase 2 do Disney+: fidelizar assinantes não é mais única prioridade do streaming
Em sua primeira reunião desde que retornou ao cargo de CEO da Disney, Bob Iger confirmou que foco da plataforma agora vai além de número de assinantes
Em sua primeira reunião desde que retornou ao cargo de CEO da Disney, Bob Iger confirmou que foco da plataforma agora vai além de número de assinantes
Nesta segunda-feira (28), Bob Iger liderou sua primeira reunião na Disney desde que reassumiu o cargo de CEO da companhia. No encontro, executivo reconheceu que, diferente da última gestão, prioridade do Disney+ agora não será mais a de simplesmente ganhar assinantes, mas sim de trazer lucratividade à empresa.
Embora a conversa tenha sido privada, fontes anônimas que estavam na reunião contaram sobre a declaração do CEO à CNBC.
Segundo elas, Iger também afirmou que, no futuro próximo, não tem planos de fazer nenhuma grande aquisição para a Disney, assim como pretende manter o congelamento de contratações da empresa, anunciado por Chapek no começo deste mês.
O CEO, que teve seu retorno aclamado por funcionários durante a apresentação, se mostrou otimista com os caminhos do negócio, acrescentando que não teria voltado para o cargo se não acreditasse que o “futuro da Disney é brilhante”.
Apesar das revelações sobre o futuro da companhia, a informação do CEO sobre o novo foco do streaming é a que mais chama atenção, já que confirma que o Disney+ se prepara agora para entrar em uma segunda fase de expansão.
Mesmo esperada – tendo em vista o aumento de seu plano regular e a implementação de um plano com anúncios nos EUA –, essa mudança confirma um movimento que temos visto acontecer no mercado de streamings em geral.
Após um período inicial focado em fidelizar assinantes, plataformas agora têm precisado mudar seus objetivos, trazendo mais rentabilidade – ou, ao menos, uma diminuição de gastos – aos seus serviços.
Exemplos recentes disso aconteceram na Netflix, que lançou um plano com anúncios e pretende taxar contas compartilhadas, e na HBO Max, que irá se unificar ao Discovery+ e retirou diversas produções da plataforma – em uma clara tentativa de David Zaslav, CEO da Warner Bros. Discovery, de botar a casa em ordem.
Agora, é a vez do Disney+ entrar nesta nova fase, que mira além do número de usuários e se preocupa também em ser um produto sustentável a longo prazo.
Apesar de mais detalhes sobre os rumos do Disney+ não terem sido divulgados por Bob Iger, a gestão do CEO é vista com bom olhos dentro e fora da Disney.
Já tendo comandado a companhia por mais de 15 anos, o empresário retornou ao cargo na semana passado, quando foi nomeado pelo conselho da companhia para substituir Bob Chapek.
Famoso por encabeçar algumas das maiores aquisições da instituição – no caso as compras da Pixar, Marvel, Lucasfilm e 21st Century Fox -, Iger também é uma figura popular e comedida, que não costuma se envolver em polêmicas.
De acordo com um comunicado da companhia, o executivo atuará no cargo por dois anos, tempo que usará também para, junto ao conselho da Disney, encontrar alguém para substituí-lo.
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