Apple lança Final Cut Pro X, inspirado no iMovie
Uma “revolução” na edição de vídeo. É assim que a Apple vem definindo seu mais recente produto, o Final Cut Pro X. Exageros maçanescos à parte, a nova versão do aplicativo de edição tem tudo para agradar os profissionais que trabalham diariamente com esse tipo de programa. E o melhor: essa versão conta com suporte a 64-bit.
A menina dos olhos de Steve Jobs no Final Cut Pro X é a Magnetic Timeline (linha do tempo magnética, em tradução livre). Ao que me parece, essa é a primeira vez que um editor de vídeo permite anexar itens como título, trilha sonora ou GC (gerador de caracteres) a um determinado trecho de vídeo. Sendo assim, ao movimentar o trecho, todo o resto vai junto.
Importar clipes de vídeo ficou mais prático. Principalmente porque, ao fazê-lo, o Final Cut X faz a análise do conteúdo do vídeo. Na interface do programa (que agora lembra bem mais o iMovie, equivalente do Movie Maker no mundo Apple), após essa etapa ser concluída, o aplicativo lista cenas nas quais há apenas uma pessoa, duas pessoas ou um grupo de pessoas. O reconhecimento não para por aí, pois o Final Cut também determinar os planos presentes nas imagens.
Atendendo a um convite meu, o Micael Silva, editor profissional e viciado em internets, teceu alguns comentários sobre o Final Cut Pro. Veja só.
O Final Cut ficou mais denso, mostrando mais poder em desenvolver um bom trabalho e em menos tempo. A Apple agregou à sua linha profissional o fluxo de trabalho já empregado no iMovie. Também quebrou um paradigma que estava há tanto tempo no mercado que foi a inspiração da versão Pro do Adobe Premiere, atualmente em sua quinta versão (contando o CS 5.5 uma extensão do CS 5).
Várias tecnologias da Apple estão sendo empregadas pela primeira vez em um produto para o público profissional. Correções de áudio e separação de cenas, que seriam longas etapas após a captura/ingestão do material, acontecem no mesmo instante que o material vai sendo adicionado ao projeto. A edição fina de sons e cores, que antes ficava a cargo do Soundtrack e Color, agora se integra ao programa principal, poupando ainda mais tempo.
É bom lembrar que, apesar do que a Apple fala, isso tudo não é mágica: Desfrutar uma renderização em segundo plano, sem falar nas tantas tecnologias de ponta, exige hardware recente. Há relatos de pessoas que não puderam baixar o software devido a essa limitação. A Apple tem indicado GPUs Intel HD 3000 ou superior. A NVIDIA GeForce GT120 tem sido indicada também para donos de Macs Pro.
Outro ponto a se considerar antes do upgrade é a compatibilidade entre plugins. Se você pagou por plugins de terceiros e depende deles para realizar seu trabalho, é bom esperar um pouco mais.
Além do Final Cut Pro X, a Apple anunciou o Motion 5, para criação de gráficos animados, e o Compressor 4, para codificar os vídeos. Cada um desses aplicativos custa US$ 49,99 na Mac App Store. Já o Final Cut será vendido, novamente só na Mac App Store, por US$ 299,99.