Fintechs ficam mais independentes de bancos tradicionais com decisão do BC

Felipe Ventura
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Os bancos tradicionais podem ser um empecilho para startups financeiras. Eles são acusados pelo Nubank de abusarem de sua dominância no mercado; e estão criando dificuldades para corretoras de bitcoin.

O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou nesta quinta-feira (26) um conjunto de regras que torna as fintechs mais independentes dos bancos tradicionais.

Como explica o G1, isso significa que as fintechs poderão oferecer contas de pagamentos para seus clientes, e usar recursos próprios para realizar empréstimos. Até então, elas precisavam estar vinculadas a um banco para esses serviços.

O conselho do Banco Central decidiu, na resolução 4.656/2018, que as startups passarão a atuar como Sociedade de Crédito Direto (SCD) ou Sociedade de Empréstimo entre Pessoas (SEP).

Como uma SCD, a fintech poderá realizar operações com recursos próprios. Isso inclui empréstimos, financiamentos e aquisição de direitos creditórios.

E como SEP, ela poderá realizar operações de crédito “peer-to-peer”, isto é, empréstimo direto entre pessoas físicas e empresas. Há um limite de R$ 15 mil por operação.

O objetivo do BC é reduzir as taxas de juros ao aumentar a concorrência. No Brasil, os quatro maiores bancos detêm 78% dos empréstimos.

Segundo a ABFintechs, existiam 346 fintechs em operação no país até o final de 2017. No entanto, elas têm participação de apenas 0,3% no mercado de crédito. Com mais segurança jurídica do BC, esse valor deve aumentar.

Com informações: G1, IDG Now.

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Ex-editor

Felipe Ventura fez graduação em Economia pela FEA-USP, e trabalha com jornalismo desde 2009. No Tecnoblog, atuou entre 2017 e 2023 como editor de notícias, ajudando a cobrir os principais fatos de tecnologia. Sua paixão pela comunicação começou em um estágio na editora Axel Springer na Alemanha. Foi repórter e editor-assistente no Gizmodo Brasil.

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