Os bancos tradicionais podem ser um empecilho para startups financeiras. Eles são acusados pelo Nubank de abusarem de sua dominância no mercado; e estão criando dificuldades para corretoras de bitcoin.
O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou nesta quinta-feira (26) um conjunto de regras que torna as fintechs mais independentes dos bancos tradicionais.
Como explica o G1, isso significa que as fintechs poderão oferecer contas de pagamentos para seus clientes, e usar recursos próprios para realizar empréstimos. Até então, elas precisavam estar vinculadas a um banco para esses serviços.
O conselho do Banco Central decidiu, na resolução 4.656/2018, que as startups passarão a atuar como Sociedade de Crédito Direto (SCD) ou Sociedade de Empréstimo entre Pessoas (SEP).
Como uma SCD, a fintech poderá realizar operações com recursos próprios. Isso inclui empréstimos, financiamentos e aquisição de direitos creditórios.
E como SEP, ela poderá realizar operações de crédito “peer-to-peer”, isto é, empréstimo direto entre pessoas físicas e empresas. Há um limite de R$ 15 mil por operação.
O objetivo do BC é reduzir as taxas de juros ao aumentar a concorrência. No Brasil, os quatro maiores bancos detêm 78% dos empréstimos.
Segundo a ABFintechs, existiam 346 fintechs em operação no país até o final de 2017. No entanto, elas têm participação de apenas 0,3% no mercado de crédito. Com mais segurança jurídica do BC, esse valor deve aumentar.
Com informações: G1, IDG Now.