O Android Things, sistema operacional do Google para gadgets conectados, chegou à versão 1.0 nesta segunda-feira (7). Voltado para internet das coisas, ele poderá estar dentro de quase qualquer dispositivo, como alto-falantes, telas inteligentes ou, sei lá, torradeiras. E as atualizações de segurança serão garantidas por três anos, pelo próprio Google.
Diferente do Android para smartphones, o Android Things é um sistema operacional que nasce com código fechado. As fabricantes não podem modificar o sistema, nem controlam as atualizações de segurança: tudo isso fica a cargo do Google. As marcas poderão gerenciar novas versões de aplicativos e monitorar o desempenho dos dispositivos, mas não terão muita liberdade para modificar o Android Things.
Por enquanto, o Android Things é certificado para os SoMs (sistemas em módulos) NXP i.MX8M, Qualcomm SDA212, Qualcomm SDA624 e MediaTek MT8516. Como explica o Ars Technica, um SoM é basicamente um SoC (sistema em um chip), só que maior e mais barato: ele traz CPU, RAM, armazenamento e outros chips em uma única placa (em vez de um chip). O SDA212, por exemplo, tem o mesmo poder do Snapdragon 212.
Também será possível rodar o Android Things no NXP i.MX7D e no Raspberry Pi 3 Model B, mas só em ambientes de desenvolvimento (o que também significa que eles não terão atualizações garantidas).
E o que dá para fazer com Android Things? Ele é um Android simplificado ao extremo: é feito para rodar um aplicativo por vez, tem acesso à internet e pode ou não executar uma interface gráfica. Um gadget basicão talvez só tenha alguns sensores cujos dados são enviados constantemente para a nuvem, mas já existem produtos mais complexos, como o Lenovo Smart Display, um concorrente do Amazon Echo Show.
Todos os detalhes do Android Things estão nesta página.