Pela primeira vez em cinco anos, o Google voltou a ser dono da marca mais valiosa do mundo. De acordo com a consultoria Brand Finance, o nome do buscador atingiu valor de mercado de US$ 109,47 bilhões em 2017, ultrapassando a Apple, que despencou 27% em um ano — e ainda corre o risco de perder a vice-liderança para a Amazon, se a tendência se mantiver.
O relatório da Brand Finance aponta que a valorização de 24% do Google ocorreu porque a empresa continua na liderança incontestável em buscas, que é o pilar de receita de publicidade da companhia. Por outro lado, a Apple “tem explorado a boa vontade de seus clientes, não conseguiu gerar receitas significativas de produtos novos, como o Apple Watch, e não demonstrou que tecnologias verdadeiramente inovadoras desejadas pelos consumidores estão na fila”.
Mas, a julgar pelo gráfico, quem realmente deve estar feliz com o novo ranking da consultoria é a Amazon, uma das empresas que mais cresceu entre 2016 e 2017 e que pode chegar ao topo da lista em 2018:
Com valorização de 53%, a marca da Amazon atingiu valor de US$ 106,37 bilhões. Como a Amazon tem atuação muito limitada no Brasil, é até difícil entender o quão gigante é a empresa de Jeff Bezos: o AmazonFresh, serviço de entrega de produtos de mercearia, se expandiu internacionalmente para Londres no ano passado, o que deve aumentar ainda mais o domínio da Amazon no varejo, e a empresa planeja criar nada menos que 100 mil postos de trabalho nos Estados Unidos nos próximos 18 meses.
Este é o ranking das dez maiores, que conta com oito empresas dos Estados Unidos, uma da Coreia do Sul e uma da China (entre parênteses, a variação em relação a 2016):
- Google: US$ 109,470 bilhões (+24%)
- Apple: US$ 107,141 bilhões (–27%)
- Amazon: US$ 106,369 bilhões (+53%)
- AT&T: US$ 87,016 bilhões (+45%)
- Microsoft: US$ 76,265 bilhões (+13%)
- Samsung: US$ 66,219 bilhões (+13%)
- Verizon: US$ 65,875 bilhões (+4%)
- Walmart: US$ 62,496 bilhões (+16%)
- Facebook: US$ 61,998 bilhões (+82%)
- ICBC (Banco Industrial e Comercial da China): US$ 47,832 bilhões (+32%)
Você pode conferir o relatório completo, a metodologia e um ranking das 100 marcas mais valiosas (que não inclui nenhuma brasileira) nesta página.