Google exige atualizações de segurança para Android em contrato com fabricantes

Fabricantes são obrigadas a enviar ao menos quatro patches de segurança para todos os usuários, durante o primeiro ano de venda do celular

André Fogaça
• Atualizado há 2 anos e 11 meses

O Google começou a exigir em contrato que os fabricantes atualizem os patches de segurança de smartphones Android. De acordo com o documento, as empresas que vendem celulares inteligentes são obrigadas a fornecer ao menos quatro correções de segurança no primeiro ano de vida do aparelho.

Arrumando a bagunça das atualizações

As atualizações do Android estão dentro das principais munições da discórdia entre usuários de diversas plataformas móveis. O Google cria atualizações mensais com soluções para problemas de segurança, depois as fabricantes precisam recolher o novo patch e fazer funcionar em seu aparelho – se você comprou um Android em operadora, ainda precisa esperar a operadora alterar o que precisa, para que seu dispositivo seja atualizado.

É um problema tão grande que neste ano o Google fez com que fabricantes que utilizam o Android assinassem um contrato, que diz que seus smartphones precisam receber pelo menos quatro destas atualizações mensais durante o primeiro ano de vendas. Do segundo ano em diante, a obrigação continua, mas o Google não especifica quantos updates precisam chegar aos usuários finais.

O contrato cobre todo smartphone Android que foi lançado depois do dia 31 de janeiro de 2018 e que esteja ativado com mais de 100 mil usuários. Em 31 de julho deste ano o Google exigiu que 75% dos dispositivos que se encaixam nestas regras estejam com as atualizações em dia. A partir do dia 31 de janeiro do ano que vem, as empresas devem atualizar todos os aparelhos já lançados e que encaixam no perfil descrito pelo contrato.

As regras para as atualizações de segurança ainda afirmam que ao final de cada mês, todos os aparelhos cobertos pelo contrato devem estar com os patches de segurança para vulnerabilidades identificadas até 90 dias antes do mês vigente.

Google penaliza fabricante que não respeitar as regras

Se a fabricante não cumprir com o contrato, o Google pode suspender a utilização do Android em novos dispositivos e isso significa que novos smartphones não serão lançados pela fabricante – ao menos não com a aprovação do Google e com seus  serviços instalados, como todos os apps da empresa e até a Play Store.

De acordo com o gigante das buscas, atualmente a maioria dos smartphones lançados por 30 fabricantes diferentes, está com as atualizações de segurança chegando dentro do prazo de 90 dias.

Estes termos são recentes e estão no acordo de licenciamento do Android para smartphones e tablets lançados nos países da União Europeia, mas é bem provável que as mesmas regras já estejam aplicadas em fabricantes que vendem aparelhos em outras regiões.

Com informações: The Verge.

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André Fogaça

André Fogaça

Ex-autor

André Fogaça é jornalista e escreve sobre tecnologia há mais de uma década. Cobriu grandes eventos nacionais e internacionais neste período, como CES, Computex, MWC e WWDC. Foi autor no Tecnoblog entre 2018 e 2021, e editor do Meio Bit, além de colecionar passagens por outros veículos especializados.