Nova política de privacidade do Google: espalhar seus dados em todos os serviços

Rafael Silva
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• Atualizado há 5 meses

Ontem o Google anunciou a simplificação da sua política de privacidade que, segundo a empresa, passou a englobar 60 dos 70 documentos diferentes relacionados à privacidade dos serviços da empresa. Essa alteração, que só entra em efeito no dia 1 de março, também diz que a partir desse dia os usuários do Google terão seus dados compartilhados entre os serviços da empresa, querendo ou não.

O que isso quer dizer, nas palavras do próprio Google, é que “será possível fornecer uma experiência mais personalizada”. Na prática, ele está apenas unificando dados dos serviços para fornecer não só resultados mais pessoais e mais precisos, como também anúncios ainda mais direcionados e que, por isso, podem render mais no final das contas. Veja uma breve explicação no vídeo abaixo, em inglês.


(Vídeo no YouTube)

Obviamente o Google é uma empresa e, como tal, tem que visar o lucro. Essas mudanças refletem bastante dessa linha de pensamento: lucrar mais com a ajuda de propagandas mais personalizadas. E quem não quiser usar o Google ainda tem pouco mais de um mês para retirar seus dados dos servidores da empresa, por meio de ferramentas do DataLiberation.

Quando o Google anunciou que iria incluir nos resultados links compartilhados nos meus círculos do Google+, eu não gostei muito, mas ao menos lá existe a opção de desativar. Aqui, se você não quiser ter seu histórico de busca, vídeos assistidos ou localização (para usuários do Google Latitude em celulares Android) vinculadas a sua conta do Google, a única opção é não usar nenhum serviço deles. Não há opt-out.

Se isso é bom ou ruim, vai da preferência de cada um. O Gizmodo americano acha que o Google está contrariando o seu mantra “Don’t be evil“, mas não sou tão extremista assim. Acho que se eu ainda tiver a opção de desativar a busca social, não me importo do Google angariar dados sobre o resto do que eu procuro na minha conta, desde que tais dados fiquem bem protegidos e forneçam alguma vantagem.

E você, se importa?

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Rafael Silva

Rafael Silva

Ex-autor

Rafael Silva estudou Tecnologia de Redes de Computadores e mora em São Paulo. Como redator, produziu textos sobre smartphones, games, notícias e tecnologia, além de participar dos primeiros podcasts do Tecnoblog. Foi redator no B9 e atualmente é analista de redes sociais no Greenpeace, onde desenvolve estratégias de engajamento, produz roteiros e apresenta o podcast “As Árvores Somos Nozes”.

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