Ontem o Google anunciou a simplificação da sua política de privacidade que, segundo a empresa, passou a englobar 60 dos 70 documentos diferentes relacionados à privacidade dos serviços da empresa. Essa alteração, que só entra em efeito no dia 1 de março, também diz que a partir desse dia os usuários do Google terão seus dados compartilhados entre os serviços da empresa, querendo ou não.
O que isso quer dizer, nas palavras do próprio Google, é que “será possível fornecer uma experiência mais personalizada”. Na prática, ele está apenas unificando dados dos serviços para fornecer não só resultados mais pessoais e mais precisos, como também anúncios ainda mais direcionados e que, por isso, podem render mais no final das contas. Veja uma breve explicação no vídeo abaixo, em inglês.
Obviamente o Google é uma empresa e, como tal, tem que visar o lucro. Essas mudanças refletem bastante dessa linha de pensamento: lucrar mais com a ajuda de propagandas mais personalizadas. E quem não quiser usar o Google ainda tem pouco mais de um mês para retirar seus dados dos servidores da empresa, por meio de ferramentas do DataLiberation.
Quando o Google anunciou que iria incluir nos resultados links compartilhados nos meus círculos do Google+, eu não gostei muito, mas ao menos lá existe a opção de desativar. Aqui, se você não quiser ter seu histórico de busca, vídeos assistidos ou localização (para usuários do Google Latitude em celulares Android) vinculadas a sua conta do Google, a única opção é não usar nenhum serviço deles. Não há opt-out.
Se isso é bom ou ruim, vai da preferência de cada um. O Gizmodo americano acha que o Google está contrariando o seu mantra “Don’t be evil“, mas não sou tão extremista assim. Acho que se eu ainda tiver a opção de desativar a busca social, não me importo do Google angariar dados sobre o resto do que eu procuro na minha conta, desde que tais dados fiquem bem protegidos e forneçam alguma vantagem.
E você, se importa?