Google monta sala de guerra para empresas na Black Friday
A empresa oferece uma série de dados em tempo real para ajudar as lojas a venderem mais
A empresa oferece uma série de dados em tempo real para ajudar as lojas a venderem mais
As lojas não são as únicas que se preparam para a Black Friday. Além delas, o Google tem uma operação especial na data que marca o início da temporada de compras. Pelo quarto ano seguido, a empresa montou uma sala de guerra para ajudar anunciantes a venderem mais.
O espaço no escritório do Google em São Paulo permite acompanhar uma série de dados em tempo real sobre o interesse dos consumidores na Black Friday. A partir deles, a empresa ajuda a aperfeiçoar as estratégias dos lojistas.
Por meio de três grandes telas na sala de guerra, a empresa destaca informações como os produtos e os segmentos mais buscados, além dos preços médios para os principais itens. A ideia é aliar a demanda dos compradores com o que as lojas têm a oferecer.
Assim, as marcas conseguem tomar decisões mais rápidas se estiverem vendendo um produto por um preço mais alto que o da concorrência ou se derem pouco destaque para um item que está sendo muito buscado.
O Google tem algo em torno de 150 grandes empresas como clientes na Black Friday. Dessas, cerca de 60 receberam a visita de especialistas e 10 criaram experiência semelhante à da sala de guerra para seus escritórios. Aquelas com atendimento mais exclusivo têm à disposição dados ainda mais detalhados.
Ao todo, a equipe do Google conta com mais de 400 pessoas. Elas atendem não apenas os grandes varejistas, mas também empresas de segmentos como viagens, telefonia e autopeças.
As pequenas e médias empresas também estão tentando se beneficiar da Black Friday. Pensando nisso, o Google possui uma segunda sala de guerra para ajudá-las a aproveitar a demanda e a competirem com grandes marcas.
Entre as PMEs, predominam categorias como moda e móveis, além de prestadoras de serviço, como academias e escolas de idiomas. Como em muitos casos elas não possuem uma presença nacional, os dados ajudam a melhorar as estratégias das empresas em suas regiões.
Nesse sentido, até mesmo as lojas físicas aproveitam o interesse por descontos na internet. No dia de descontos, ferramentas como Google Maps e Waze costumam apresentar um crescimento de rotas em direção às lojas, indicando que para muitos a busca online é somente um ponto de partida.
Segundo o Google, as buscas por eletrodomésticos foram as que mais cresceram na comparação com a Black Friday de 2017. O segmento é o segundo mais buscado – fica atrás apenas dos smartphones – e pode estar sendo impulsionado por um novo ciclo de compras na linha branca.
A avaliação é de que as reduções de IPI para geladeiras e fogões realizadas há alguns anos aqueceram o setor, mas logo reduziram a demanda. Depois de cinco ou seis anos, muitos consumidores voltam a ter necessidade de renovar os aparelhos em casa.
Por outro lado, as televisões não têm despertado tanto interesse dos consumidores como em 2017. Para o Google, o motivo é claro: a Copa do Mundo. O torneio faz muitas pessoas comprarem TVs no primeiro semestre, fazendo o apelo diminuir na Black Friday.
Em geral, o Google acredita que as pessoas passaram a entender como funciona a Black Friday. Elas pesquisam cada vez mais cedo sobre a data e devem a gastar ainda mais: em 2018, o faturamento no e-commerce deve chegar a R$ 2,4 bilhões, segundo projeção da Ebit.
{{ excerpt | truncatewords: 55 }}
{% endif %}