Google monta sala de guerra para empresas na Black Friday

A empresa oferece uma série de dados em tempo real para ajudar as lojas a venderem mais

Victor Hugo Silva
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• Atualizado há 2 anos e 10 meses
Ao todo, operação do Google na Black Friday conta com mais de 400 pessoas
Ao todo, operação do Google na Black Friday conta com mais de 400 pessoas (Foto: Divulgação)

As lojas não são as únicas que se preparam para a Black Friday. Além delas, o Google tem uma operação especial na data que marca o início da temporada de compras. Pelo quarto ano seguido, a empresa montou uma sala de guerra para ajudar anunciantes a venderem mais.

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O espaço no escritório do Google em São Paulo permite acompanhar uma série de dados em tempo real sobre o interesse dos consumidores na Black Friday. A partir deles, a empresa ajuda a aperfeiçoar as estratégias dos lojistas.

Por meio de três grandes telas na sala de guerra, a empresa destaca informações como os produtos e os segmentos mais buscados, além dos preços médios para os principais itens. A ideia é aliar a demanda dos compradores com o que as lojas têm a oferecer.

Assim, as marcas conseguem tomar decisões mais rápidas se estiverem vendendo um produto por um preço mais alto que o da concorrência ou se derem pouco destaque para um item que está sendo muito buscado.

O Google tem algo em torno de 150 grandes empresas como clientes na Black Friday. Dessas, cerca de 60 receberam a visita de especialistas e 10 criaram experiência semelhante à da sala de guerra para seus escritórios. Aquelas com atendimento mais exclusivo têm à disposição dados ainda mais detalhados.

Ao todo, a equipe do Google conta com mais de 400 pessoas. Elas atendem não apenas os grandes varejistas, mas também empresas de segmentos como viagens, telefonia e autopeças.

Google tem espaço exclusivo para PMEs

As pequenas e médias empresas também estão tentando se beneficiar da Black Friday. Pensando nisso, o Google possui uma segunda sala de guerra para ajudá-las a aproveitar a demanda e a competirem com grandes marcas.

A sala de guerra do Google para atender PMEs na Black Friday

A sala de guerra do Google para atender PMEs na Black Friday (Foto: Divulgação)

Entre as PMEs, predominam categorias como moda e móveis, além de prestadoras de serviço, como academias e escolas de idiomas. Como em muitos casos elas não possuem uma presença nacional, os dados ajudam a melhorar as estratégias das empresas em suas regiões.

Nesse sentido, até mesmo as lojas físicas aproveitam o interesse por descontos na internet. No dia de descontos, ferramentas como Google Maps e Waze costumam apresentar um crescimento de rotas em direção às lojas, indicando que para muitos a busca online é somente um ponto de partida.

Black Friday tem eletrodomésticos em alta e TVs em baixa

Segundo o Google, as buscas por eletrodomésticos foram as que mais cresceram na comparação com a Black Friday de 2017. O segmento é o segundo mais buscado – fica atrás apenas dos smartphones – e pode estar sendo impulsionado por um novo ciclo de compras na linha branca.

Uma das telas da sala de guerra do Google mostra os produtos mais buscados

Uma das telas da sala de guerra do Google mostra os produtos mais buscados

A avaliação é de que as reduções de IPI para geladeiras e fogões realizadas há alguns anos aqueceram o setor, mas logo reduziram a demanda. Depois de cinco ou seis anos, muitos consumidores voltam a ter necessidade de renovar os aparelhos em casa.

Por outro lado, as televisões não têm despertado tanto interesse dos consumidores como em 2017. Para o Google, o motivo é claro: a Copa do Mundo. O torneio faz muitas pessoas comprarem TVs no primeiro semestre, fazendo o apelo diminuir na Black Friday.

Em geral, o Google acredita que as pessoas passaram a entender como funciona a Black Friday. Elas pesquisam cada vez mais cedo sobre a data e devem a gastar ainda mais: em 2018, o faturamento no e-commerce deve chegar a R$ 2,4 bilhões, segundo projeção da Ebit.

Black Friday deve movimentar 2,4 bilhões em 2018, segundo a Ebit

Black Friday deve movimentar 2,4 bilhões em 2018, segundo a Ebit (Foto: Divulgação)

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Victor Hugo Silva

Victor Hugo Silva

Ex-autor

Victor Hugo Silva é formado em jornalismo, mas começou sua carreira em tecnologia como desenvolvedor front-end, fazendo programação de sites institucionais. Neste escopo, adquiriu conhecimento em HTML, CSS, PHP e MySQL. Como repórter, tem passagem pelo iG e pelo G1, o portal de notícias da Globo. No Tecnoblog, foi autor, escrevendo sobre eletrônicos, redes sociais e negócios, entre 2018 e 2021.

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