YouTube e busca ajudam Google a aumentar lucro em 20%
Graças ao YouTube e pesquisas do Google, Alphabet fechou 2020 com lucro de US$ 41,2 bilhões, alta de 20%
Graças ao YouTube e pesquisas do Google, Alphabet fechou 2020 com lucro de US$ 41,2 bilhões, alta de 20%
A Alphabet, companhia que controla o Google, divulgou os seus resultados financeiros referentes ao quarto trimestre de 2020 (PDF). Os números impressionam. A receita no período foi de US$ 56,9 bilhões. A própria companhia aponta os principais responsáveis por números tão positivos: as pesquisas no Google e o YouTube.
Os US$ 56,9 bilhões movimentados correspondem a um aumento de 23% em relação ao último trimestre de 2019, quando a Alphabet registrou receita de US$ 46,1 bilhões.
Já o lucro líquido no quarto trimestre de 2020 ficou em US$ 15,6 bilhões, contra os US$ 9,3 bilhões obtidos nos últimos três meses de 2019.
Dos US$ 56,9 bilhões de receita, US$ 31,9 bilhões vieram de anúncios exibidos na busca do Google e em serviços relacionados. O YouTube respondeu por US$ 6,9 bilhões. Já o Google Cloud registrou receita de US$ 3,8 bilhões no quarto trimestre de 2020.
O desempenho do YouTube é o que mais chama atenção. De acordo com Sundar Pichai, CEO da Alphabet, transmissões ao vivo (lives) e os vídeos curtos do YouTube Shorts (rival do TikTok) contribuíram bastante para isso.
Mais de 500 mil canais transmitiram lives pela primeira vez em 2020 e os Shorts já recebem em torno de 3,5 bilhões de visualizações diárias, ainda segundo o executivo.
Considerando todo o ano de 2020, a Alphabet registrou receita de US$ 182,5 bilhões contra US$ 161,8 bilhões em 2019. Já o lucro ficou em US$ 41,2 bilhões, montante que representa um aumento de 20% em relação ao US$ 34,2 bilhões de lucro do ano anterior.
Não que todo o ano de 2020 tenha sido favorável. A companhia registrou queda de arrecadação no segundo trimestre de 2020, quando a pandemia estourou no mundo todo.
Porém, Philipp Schindler, direto de negócios da Alphabet, explica que os gastos das marcas com anúncios tiveram recuperação importante a partir do terceiro trimestre. “Vimos uma aceleração significativa do gasto das marcas com anúncios na rede do YouTube no quarto trimestre”, complementa.
O interesse por anúncios no YouTube não é mero acaso. Embora as campanhas de isolamento social tenham sido flexibilizadas em várias partes do mundo, a pandemia ainda faz muita gente passar mais tempo em casa do que nos anos anteriores. Isso é refletido no maior consumo de conteúdo por streaming.