Huawei espera faturamento recorde de 2019 e prevê 2020 difícil
Com faturamento equivalente a R$ 492,3 bilhões, a Huawei espera ter mais dificuldades se EUA manterem sanções
Com faturamento equivalente a R$ 492,3 bilhões, a Huawei espera ter mais dificuldades se EUA manterem sanções
A Huawei teve o ano marcado por sanções do governo dos Estados Unidos aos seus produtos, mas conseguiu contornar esta barreira. A empresa estima que teve faturamento recorde de 850 bilhões de iuanes (R$ 492,3 bilhões) em 2019, 18% a mais em relação ao ano anterior.
Se confirmado, o resultado ficará abaixo das projeções iniciais, mas surpreende por conta de um cenário de restrições impostas pelos EUA. A fabricante espera ter um “ano difícil” em 2020 caso essas medidas sejam mantidas.
“O ambiente externo está se tornando mais complicado do que nunca e a pressão na economia global se intensificou”, disse o presidente rotativo da Huawei, Eric Xu, em mensagem de ano novo divulgada para funcionários e clientes.
“A longo prazo, o governo dos EUA continuará a suprimir o desenvolvimento de tecnologia de ponta – um ambiente desafiador para a Huawei sobreviver e prosperar”, continuou. No comunicado, a empresa comemorou o fato dos negócios terem continuado sólidos apesar das “adversidades”.
A Huawei ainda vai divulgar todos os detalhes de seu balanço, mas, com base em comunicados anteriores, a Reuters estima que o faturamento do quarto trimestre de 2019 foi de 239,2 bilhões de iuanes (R$ 138,7 bilhões). O resultado representa uma alta de 3,9% na comparação com o mesmo período em 2018.
Entre janeiro e dezembro, a companhia vendeu 240 milhões de celulares, o que deve ser suficiente para manter a segunda posição no ranking de empresas que mais vendem celulares no mundo.
As sanções americanas impediram a Huawei de ter aplicativos do Google pré-instalados em seus novos smartphones. Para contornar essa situação em 2020, a fabricante afirma que “dará tudo de si” para ter um pacote de apps alternativos, como galerias de fotos e serviços de armazenamento na nuvem.
Segundo Eric Xu, a criação desses aplicativos seria “a base para nossa capacidade de vender dispositivos inteligentes em mercados fora da China”. Eles serão desenvolvidos para o sistema operacional HarmonyOS, apresentado pela companhia em agosto de 2019.
Com informações: Reuters.
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