Intel promete processadores protegidos contra Meltdown e Spectre para este ano
Apesar de até agora terem causado muitos problemas, atualizações para as falhas Meltdown e Spectre estão sendo liberadas pela Intel. O que o mundo quer saber é: quando teremos processadores que saem de fábrica livres das vulnerabilidades? Brian Krzanich, CEO da companhia, prometeu que até o fim do ano.
A afirmação foi feita durante uma apresentação de resultados financeiros (PDF) realizada recentemente. O evento foi acompanhado por pessoas que estão tão ou mais preocupadas com as falhas do que empresas e usuários: os investidores da Intel.
Não que desenvolver atualizações de software seja tarefa fácil — os problemas das correções atuais deixam claro que não é —, mas produzir processadores fisicamente imunes às falhas é bastante desafiador porque envolve mudanças na arquitetura dos chips. É por isso que a Intel não definiu prazos: unidades livres dos problemas podem até chegar em 2018, mas realmente em uma data próxima ao fim do ano.
Krzanich assegurou aos investidores que as melhores mentes da companhia estão trabalhando duro para implementar uma solução definitiva nos chips. “Trabalhamos contra o relógio”, disse, acrescentando logo em seguida: “estamos plenamente cientes de que ainda temos muito o que fazer”.
Provavelmente, é uma referência às atualizações atuais. A Intel havia falado em ter mais de 90% dos chips lançados nos últimos cinco anos protegidos contra as falhas Meltdown e Spectre até 15 de janeiro, mas, no início da semana, a companhia se viu obrigada a pedir que clientes corporativos e usuários domésticos aguardem por novas correções: as atuais podem fazer o computador reiniciar inesperadamente.
Sobre os resultados financeiros, os números dizem respeito ao quarto trimestre de 2017, ou seja, ao período anterior à divulgação das falhas, razão pela qual não houve impacto destas nos números. A Intel registrou receita de US$ 17,1 bilhões no período e prejuízo líquido de US$ 687 milhões, mas como consequência de uma despesa tributária de US$ 5,4 bilhões.
Brian Krzanich não fez nenhum comentário sobre a suspeita de que ele teria vendido ações da Intel antes da divulgação das falhas para diminuir o seu prejuízo com a consequente queda no valor dos papéis.
Com informações: Business Insider.