Whiskey Lake e Amber Lake são os novos chips Intel para laptops

Processadores Intel Whiskey Lake e Amber Lake prometem mais conectividade e autonomia, mas continuam sendo de oitava geração

Emerson Alecrim
• Atualizado há 3 anos
Wafer Intel - Oitava geração
Ran Senderovitz, da Intel, com um wafer da série Whiskey Lake

A IFA 2018 começa nesta sexta-feira (31), mas a Intel não quis aguardar pelo evento para anunciar os seus novos processadores para notebooks, ultrabooks, laptops dois em um e afins. Trata-se das séries Whiskey Lake e Amber Lake, ambas baseadas na arquitetura Kaby Lake R (ou Kaby Lake Refresh), o que significa que os novos chips são de oitava geração.

Com os anúncios desta quarta-feira (29), a Intel só aumenta a confusão de codinomes envolvendo os seus chips, ainda mais se levarmos em conta que a nona geração de processadores Core está prestes a chegar (se bem que os chips de 10 nanômetros só chegam em 2019). Mas, como já dito, os chips anunciados hoje continuam sendo de oitava geração. Como característica da arquitetura Kaby Lake R, as novidades têm processo de fabricação de 14 nanômetros.

De acordo com a Intel, os novos processadores foram otimizados para melhorar a conectividade. Esses esforços incluem suporte a redes Wi-Fi Gigabit via padrão 802.11ac, modems LTE, portas USB 3.1 e Thunderbolt 3. Além disso, a companhia ressalta que o consumo de energia foi trabalhado de modo a permitir que a bateria tenha autonomia de até 16 horas.

Processadores Intel Whiskey Lake

São três chips Whiskey Lake. Eles são identificados pela letra U no final da denominação. Todos possuem GPU integrada Intel UHD 620, suporte a memórias LPDDR3 de até 2.133 MHz ou DDR4 de até 2.400 MHz, além de 15 W no TDP. As demais especificações são as seguintes:

  • Core i3-8145U: dois núcleos, quatro threads, frequência de 2,1 GHz (3,9 GHz em boost), cache de 4 MB;
  • Core i5-8265U: quatro núcleos, oito threads, frequência de 1,6 GHz (3,9 GHz em boost), cache de 6 MB;
  • Core i7-8565U: quatro núcleos, oito threads, frequência de 1,8 GHz (4,6 GHz em boost), cache de 8 MB.

Processadores Intel Amber Lake

A série Amber Lake também chega com três modelos. Em comum, eles trazem suporte a memórias LPDDR3 de até 1.866 MHz, GPU Intel UHD 620 e TDP de apenas 5 W. Identificados com a letra Y, esses chips são voltados a portáteis que priorizam a autonomia:

  • Core m3-8100Y: dois núcleos, quatro threads, frequência de 1,1 GHz (3,4 GHz em boost), cache de 4 MB;
  • Core i5-8200Y: dois núcleos, quatro threads, frequência de 1,3 GHz (3,9 GHz em boost), cache de 4 MB;
  • Core i7-8500Y: dois núcleos, quatro threads, frequência de 1,5 GHz (4,2 GHz em boost), cache de 4 MB.

Disponibilidade

Uma possível razão para a Intel ter revelado as séries Whiskey Lake e Amber Lake às vésperas da IFA 2018 é que, provavelmente, fabricantes anunciarão portáteis como os novos chips já no evento. A previsão é a de que os primeiros modelos cheguem ao mercado até o fim de 2018, pelo menos nos Estados Unidos.

Convém esperar pelos testes independentes para sabermos como os novos chips se comportam no dia a dia. De qualquer forma, não dá para esperar grande ganho de desempenho em relação aos processadores lançados no ano passado.

Intel Core i7 de oitava geração

O Core i7-8565U, por exemplo, tem praticamente as mesmas especificações do Core i7-8550U anunciado em 2017, incluindo quantidade de núcleos, threads e cache. A maior diferença é uma frequência de boost maior: até 4,6 GHz do i7-8565U contra 4 GHz do i7-8550U.

Certamente, laptops com os novos chips vão valer a pena para quem precisa substituir um equipamento antigo. A própria Intel frisa que, na comparação com um computador de cinco anos atrás, a série U chega a ter o dobro de desempenho.

Mas note que, como parte da oitava geração, os novos processadores não têm correção contra as falhas Meltdown e Spectre no nível do hardware, o mesmo valendo para a recém-revelada vulnerabilidade Foreshadow.

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Emerson Alecrim

Emerson Alecrim

Repórter

Emerson Alecrim cobre tecnologia desde 2001 e entrou para o Tecnoblog em 2013, se especializando na cobertura de temas como hardware, sistemas operacionais e negócios. Formado em ciência da computação, seguiu carreira em comunicação, sempre mantendo a tecnologia como base. Em 2022, foi reconhecido no Prêmio ESET de Segurança em Informação. Em 2023, foi reconhecido no Prêmio Especialistas, em eletroeletrônicos. Participa do Tecnocast, já passou pelo TechTudo e mantém o site Infowester.