Alguns iPhones com tela substituída deixam de registrar toques no iOS 11.3

Felipe Ventura
• Atualizado há 8 meses

Para empresas independentes que consertam iPhones, o software da Apple pode ser um problema. Algumas versões do iOS já quebraram funcionalidades em peças substituídas por terceiros, como o botão Home e até a touchscreen.

Isso está acontecendo de novo. Muitas telas do iPhone 8 que foram substituídas deixaram de registrar toques após a atualização para o iOS 11.3, segundo o Motherboard.

O aparelho até liga e exibe a interface, mas você não consegue usar. “Parece que a Apple está fazendo isso para evitar que os clientes façam reparos com terceiros”, diz Aakshay Kripalani, CEO da Injured Gadgets.

O iPhone tem um processador dedicado para controlar o display, e ele está causando problemas no iOS 11.3. É preciso substituí-lo para a tela do iPhone 8 voltar a funcionar; mas o aparelho registrava toques normalmente em versões anteriores do sistema.

A Apple não reconhece oficialmente o problema, mas poderia resolvê-lo com uma atualização de software; ela já está trabalhando no iOS 11.4.

No ano passado, um problema semelhante afetou o iPhone 6 com telas substituídas por terceiros. Algumas unidades deixavam de registrar toques após instalar o iOS 11. Uma atualização resolveu o problema.

E em 2016, alguns iPhones simplesmente deixaram de funcionar após atualizarem para o iOS 9.2.1. Se o botão Home tivesse sido substituído por terceiros, o aparelho exibia o “erro 53” e não ligava mais. A Apple resolveu esse problema.

Essa é mais uma queda de braço entre a Apple e oficinas independentes, que costumam cobrar mais barato e obter peças de forma não-oficial. Elas só podem obter peças licenciadas se concordarem com certas restrições.

Com informações: Motherboard, Cult of Mac.

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Felipe Ventura

Ex-editor

Felipe Ventura fez graduação em Economia pela FEA-USP, e trabalha com jornalismo desde 2009. No Tecnoblog, atuou entre 2017 e 2023 como editor de notícias, ajudando a cobrir os principais fatos de tecnologia. Sua paixão pela comunicação começou em um estágio na editora Axel Springer na Alemanha. Foi repórter e editor-assistente no Gizmodo Brasil.