O bitcoin pode ou não ser o futuro, mas a tecnologia por trás da criptomoeda certamente é: o Itaú anunciou nesta sexta-feira (9) que implantou blockchain em algumas de suas operações financeiras voltadas para investidores. Trata-se do primeiro banco no país a utilizar a tecnologia, segundo a empresa.
Já publicamos um artigo especial para explicar o blockchain em detalhes. Em resumo, é uma rede que funciona com blocos encadeados que carregam um conteúdo junto a uma impressão digital; no caso do bitcoin, o conteúdo é uma transação financeira. A segurança fica por conta de um mecanismo que utiliza poder de processamento para resolver cálculos complexos, garantindo que determinado conteúdo é válido.
No caso do Itaú, o blockchain não está sendo utilizado para armazenar transações entre pessoas físicas, mas para guardar as chamadas de margem de garantias de derivativos negociados em balcão, que são contratadas por investidores.
Você não precisa entender o que são margens de garantias de derivativos, só o fato de que: 1) isso não é um xingamento; 2) para contratar o serviço, o investidor precisa depositar uma garantia no banco. O valor dessa garantia depende de uma fórmula acordada entre o cliente e a instituição, e da oscilação no preço do ativo.
Até então, a negociação da fórmula era registrada pelo Itaú por meio de trocas de e-mails. Ao implantar o blockchain, baseado na tecnologia R3 Corda, é possível fazer isso de uma forma mais segura, armazenando a fórmula de maneira criptografada e confiável. Assim como no bitcoin, é praticamente impossível apagar ou alterar uma informação que foi registrada no blockchain.
O Itaú não deve ser o único banco a adotar a tecnologia no Brasil: a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) tem o chamado Grupo de Trabalho de Blockchain desde agosto de 2016. O Banco Central e 17 instituições financeiras participam dos trabalhos, incluindo os cinco maiores bancos de varejo do país (Itaú, Banco do Brasil, Bradesco, Caixa e Santander).
Com informações: G1.