Em vez de painel solar, que tal uma janela solar?
Todo mundo sabe que a energia solar pode ajudar a reduzir a conta de luz no final do mês. Mas há uma série de razões que limita o uso dessa tecnologia. Nem sempre é fácil arranjar espaço em um prédio para instalar os painéis solares, por exemplo. Mas uma empresa chamada SolarWindow promete uma solução: uma película fotovoltaica que pode ser aplicada nos vidros das janelas.
Não que alguém não já tenha pensado em aproveitar janelas para tal fim. O problema é que os painéis solares tradicionais são opacos e escuros, logo, é difícil adaptar a ideia para implementação em janelas, paredes de vidro e semelhantes. A tecnologia da SolarWindow (não há nome melhor para a empresa) é uma resposta para esse problema porque a camada fotovoltaica mantém um bom nível de transparência.
O truque está na aplicação de um revestimento líquido que pode ser aplicado em praticamente qualquer superfície transparente, incluindo painéis de plástico. Somente raios ultravioletas são bloqueados, daí a manutenção da transparência, ainda que parcial — o vidro acaba ficando um pouco escuro, lembrando o efeito de óculos de sol. Mesmo assim, não é difícil enxergar o que há do outro lado. Dá até para determinar a tonalidade predominante da camada.
O material tem em sua composição carbono, hidrogênio, nitrogênio e outros elementos mantidos em segredo (a companhia não iria entregar a receita de bandeja, né?) que acabam resultando em minúsculas células fotovoltaicas. Enquanto a camada absorve luz, guias condutoras realizam a “extração” da energia. Basta então fazer a conexão das guias a um equipamento que realiza o armazenamento da energia em baterias ou a envia a algum dispositivo para consumo — o sistema de iluminação de um andar, por exemplo.
Além de não bloquear (totalmente) a visão pela janela, os “vidros solares” podem obter mais energia que um painel fotovoltaico comum com dimensões equivalente, segundo a empresa. Outra vantagem apontada é a capacidade da tecnologia de obter energia em áreas sombreadas e até mesmo a partir de fontes artificiais de iluminação.
Essa não é uma tecnologia para um futuro distante. A companhia espera começar as vendas do produto dentro dos próximos quatro anos. Por ora, a SolarWindow segue focada em aperfeiçoar a ideia e, principalmente, conseguir investidores para viabilizar a produção em larga escala.
Os vidros fotovoltaicos deverão ser utilizados principais em arranha-céus e edifícios comerciais. Para diminuir a desconfiança de possíveis interessados, a SolarWindow estuda oferecer garantia de 25 anos, a mesma quantidade de tempo que é dada por alguns fabricantes de painéis solares convencionais.
Com informações: Digital Trends, Designboom
Leia | Ar-condicionado split ou de janela; qual é a diferença?