Microsoft Dev Box cria workstations nas nuvens para desenvolvedores

Recém-liberada, prévia do Microsoft Dev Box cria caixas (workstations) com até 32 GB de RAM nas nuvens para projetos de software

Emerson Alecrim
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• Atualizado há 5 meses
Logotipo do Windows sobre logotipos da Microsoft
Windows e Microsoft (imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Workstations (estações de trabalho) são computadores poderosos, mas caros. E se você pudesse usar uma workstation virtual, baseada nas nuvens? Essa é a proposta do Microsoft Dev Box. Direcionado a desenvolvedores, o serviço foi anunciado em maio e, nesta semana, começou a funcionar em fase “preview”.

Na minha opinião, o que a proposta tem de simples, tem de genial. A ideia é permitir que o desenvolvedor crie uma workstation virtual, de alto desempenho, para que o seu projeto de software possa ser desenvolvido e testado mais facilmente.

Para você ter noção, na atual fase, o Microsoft Dev Box permite que o desenvolvedor crie uma estação de trabalho com até oito processadores virtuais e 32 GB de RAM. Mas, quando o serviço for lançado oficialmente, configurações com até 32 CPUs e 128 GB de RAM serão suportadas.

Essa flexibilidade nas especificações é importante porque os requisitos de hardware de uma workstation podem variar de um projeto para o outro.

No anúncio sobre a prévia do Microsoft Dev Box, Anthony Cangialosi, gerente de programa para o Visual Studio Core, explica que o serviço suporta qualquer ambiente de desenvolvimento (IDE) ou kit de desenvolvimento de software (SDK) que pode ser executado no Windows.

Também há suporte para o desenvolvimento de aplicativos multiplataforma por meio do Windows Subsystem for Linux ou do Windows Subsystem for Android.

Dev boxes com 32 GB de RAM (imagem: divulgação/Microsoft)
Dev boxes com 32 GB de RAM (imagem: divulgação/Microsoft)

As dev boxes

Até este ponto, a explicação dá a entender que o Microsoft Dev Box é uma ferramenta para trabalhos individuais. Não é bem assim. A plataforma foi idealizada principalmente para empresas, razão pela qual prioriza recursos para equipes.

Os projetos são armazenados em “dev boxes”, isto é, caixas de desenvolvimento. Cada uma atua como uma workstation. Elas podem funcionar de maneira isolada ou fazer parte de um conjunto. Esta última característica é útil, por exemplo, para testes em diferentes cenários ou manutenção de versões distintas de um software.

Tem mais. No momento da criação de uma dev box, ela pode vir com recursos preestabelecidos pela equipe que gerencia o projeto, como dependências ou ferramentas específicas de desenvolvimento.

O acesso às caixas pode ser feito a partir de dispositivos com Windows, macOS, Android, iOS ou, ainda, via navegador web.

Tudo isso pode ser gerenciado por um ou mais administradores. Isso porque o Microsoft Dev Box se integra ao Windows 365 que, por sua vez, funciona em conjunto com ferramentas como Microsoft Intune (para gerenciamento de dispositivos nas nuvens).

Criando uma dev box (imagem: divulgação/Microsoft)
Criando uma dev box (imagem: divulgação/Microsoft)

Pague pelo o que usar

A Microsoft ainda não revelou quando o serviço será liberado oficialmente (em versão final), mas já deixou claro que seguirá uma política de precificação baseada em consumo.

Isso significa que as organizações contratantes pagarão apenas pelos recursos usados e pelo tempo de uso. Se as atividades forem interrompidas no final do dia, por exemplo, o período de ociosidade não será tarifado.

Nesta fase de prévia, cada cliente tem acesso a 15 horas gratuitas por mês de uso do Microsoft Dev Box na já mencionada configuração de 8 CPUs com 32 GB de RAM. 365 horas de uso do recurso de armazenamento da plataforma (até 512 GB) também estão incluídas nesta etapa.

O acesso ao serviço requer uma conta Azure. Mais detalhes na página do Microsoft Dev Box.

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Emerson Alecrim

Emerson Alecrim

Repórter

Emerson Alecrim cobre tecnologia desde 2001 e entrou para o Tecnoblog em 2013, se especializando na cobertura de temas como hardware, sistemas operacionais e negócios. Formado em ciência da computação, seguiu carreira em comunicação, sempre mantendo a tecnologia como base. Em 2022, foi reconhecido no Prêmio ESET de Segurança em Informação. Em 2023, foi reconhecido no Prêmio Especialistas, em eletroeletrônicos. Participa do Tecnocast, já passou pelo TechTudo e mantém o site Infowester.

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