A mineração de criptomoeda se tornou mais disseminada com a alta do bitcoin, e teve algumas consequências indesejadas. Ela causou uma alta no preço das placas de vídeo, afetando gamers; e gerou um maior consumo de energia.
Além disso, essa atividade pode interferir na rede de operadoras móveis. Uma investigação da FCC, equivalente à Anatel nos EUA, descobriu que uma operação para minerar bitcoins afetou a rede da T-Mobile.
A operadora reclamou que estava sofrendo interferência em sua rede 4G de 700 MHz no Brooklyn, distrito de Nova York. Segundo ela, isso aconteceu devido a emissões de rádio vindas de uma casa onde havia uma operação para minerar bitcoin.
A FCC diz que o uso contínuo do Antminer S5, usado para minerar bitcoin, constitui uma violação da lei federal e pode resultar em multas, processos penais ou apreensão do equipamento.
O Antminer S5 foi lançado em 2014 pela chinesa Bitmain. Trata-se de um gabinete com um processador ASIC (circuitos integrados de aplicação especifica) dedicado a minerar bitcoin. Ele tem consumo de energia de 590 W.
A mineração consiste em liberar novas unidades do bitcoin (ou de qualquer criptomoeda) resolvendo cálculos complexos. Essa atividade é remunerada.
A Bitmain ainda vende o Antminer S5 por US$ 414, e tem gerações mais recentes de seus mineradores — como o Antminer S9, que custa US$ 2.320 e consome 1.372 W de energia.
Com informações: Reuters, The Next Web.