Moto E (2ª geração): quando o smartphone “de entrada” sobe de nível
Custando até R$ 729, o novo Moto E não é mais um smartphone tão acessível
Custando até R$ 729, o novo Moto E não é mais um smartphone tão acessível
Nove meses depois, a Motorola está lançando a segunda geração do Moto E, o smartphone de entrada da marca. Ou quase isso. O novo aparelho chega a custar não muito acessíveis R$ 729 na versão mais completa e ganhou boas atualizações de hardware, especialmente no processador, que passa a ser um moderno Snapdragon 410 de 64 bits. Com Android 5.0 Lollipop de fábrica, ele até aprendeu alguns truques de software do Moto X.
A primeira sensação ao pegar o Moto E é de conforto: a tela até cresceu um pouquinho, de 4,3 para 4,5 polegadas, mas ainda é possível alcançar todos os cantos do display sem fazer nenhum esforço — uma característica que foi se perdendo nas gerações mais recentes dos irmãos Moto G e Moto X. O design continua bem padrão da Motorola, com uma leve curvatura na traseira que melhora a pegada, a faixa prateada para o alto-falante e… ei, tem algo diferente aqui.
A bateria de 2.390 mAh do Moto E não é removível. Também não há como remover a tampa traseira. E as entradas para o microSD e os chips de operadora não estão acessíveis. Como lidar? Bom, no Moto E de segunda geração, há uma peça que contorna toda a borda do aparelho (e só a borda), chamada band. A band pode ser trocada por uma de outra cor e esconde esses slots e a etiqueta com os selos de certificações.
A performance, pelo menos nesses primeiros minutos de contato, agrada bastante: as animações do Lollipop estão fluidas, a abertura e alternância entre os apps estão rápidas e o desempenho gráfico está satisfatório para um aparelho dessa faixa de preço. Nos benchmarks sintéticos, ele foi muito bem: foram 13.888 pontos no Quadrant e 23.175 pontos no AnTuTu. O Moto G de 2ª geração alcançava 8.823 e 18.249, respectivamente.
O upgrade de hardware que a Motorola fez deve ter contribuído com essa sensação: agora temos um Snapdragon 410, que possui uma CPU quad-core Cortex-A53 de 64 bits operando a 1,2 GHz e uma GPU Adreno 306. Trata-se de um processador melhor que o do Moto G, o que é estranho, mas talvez seja um primeiro sinal de que a Motorola pode adotar um Snapdragon 618 ou 620 na próxima geração de seu aparelho intermediário.
A câmera traseira continua com sensor de 5 MP e não tem flash LED, mas a Motorola também investiu aqui: enquanto o antigo Moto E tinha uma lente de foco fixo, uma limitação que afetava principalmente fotos de objetos mais próximos, o novo já permite focar bem e até capturar alguns detalhes. Além disso, ela suporta um mimo de software do Moto X: basta “girar” o Moto E a qualquer momento para abrir o aplicativo da câmera, e outra vez para alternar para a nova câmera frontal.
Ainda estamos falando de uma câmera apenas razoável, mas o avanço em relação ao primeiro Moto E é bem visível. Aqui vai um exemplo de foto tirada em ambiente interno, com iluminação artificial:
O fator que certamente desagradou foi o preço: o Moto E chega a custar R$ 729 na versão mais completa, com 16 GB de armazenamento interno, TV digital e três bands coloridas — isso é praticamente o preço do Moto G. Mesmo o valor da versão de 8 GB do Moto E 4G, de R$ 649, parece alto demais para um smartphone que até ontem era “de entrada”. Mas a verdade é que o smartphone “de entrada” já não é mais tão “de entrada” assim. Nem no preço, nem no hardware.
Você pode ver as especificações e os preços das outras versões do Moto E neste post. A nova geração do Moto E começa a ser vendida neste fim de semana na loja online e quiosques da Motorola.
Nosso review completo sai em breve. O que você quer saber sobre ele?
Atualizado às 18h44 com as notas relevantes.