Moto G 5G Plus com Snapdragon 765 e 8 GB de RAM chega ao Brasil

Motorola traz conexão 5G para faixa de preço menor, mas ainda alta: Moto G 5G Plus será vendido por R$ 2.999 sem plano

Paulo Higa
• Atualizado há 3 anos
Motorola Moto G 5G Plus (Imagem: Reprodução/Motorola)
Motorola Moto G 5G Plus (Imagem: Reprodução/Motorola)

A Motorola lançou nesta quinta-feira (22) o Moto G 5G Plus, um smartphone que começa a levar o 5G para uma faixa de preço menor. A tecnologia, que estava disponível na linha Edge, com preços acima dos cinco mil reais, é o chamariz do novo celular intermediário premium da marca, com preço sugerido de R$ 2.999. A Claro terá exclusividade nas vendas e oferecerá descontos para quem contratar um plano.

O Moto G 5G Plus traz características similares ao Motorola Edge, como o processador Snapdragon 765, um tamanho de tela de 6,7 polegadas e a conexão 5G, inclusive com suporte à tecnologia de compartilhamento dinâmico de espectro (DSS) adotada pela Claro. Mesmo sendo lançado por bem menos que os R$ 5.499 do irmão mais caro, o novo celular vence em alguns detalhes, como a quantidade de RAM e a bateria.

Moto G 5G Plus tem 8 GB de RAM no Brasil

O modelo que será vendido no Brasil terá 128 GB de espaço e 8 GB de RAM, mais que os 4 ou 6 GB das versões comercializadas em outros países. A Motorola promete que a bateria de 5.000 mAh do Moto G 5G Plus “oferece dois dias de uso” e pode ser recarregada com o adaptador de tomada TurboPower de 20 watts incluso na caixa.

A tela de 6,7 polegadas com resolução Full HD+ não é curvada nas laterais como no Motorola Edge, nem possui painel OLED, mas mantém a taxa de atualização de 90 Hz para animações mais fluidas e o suporte ao HDR10. No canto superior esquerdo, há dois furos para a câmera frontal dupla, com sensor principal de 16 megapixels e uma lente ultrawide para tirar selfies de 8 megapixels com campo de visão de 118 graus.

Motorola Moto G 5G Plus (Imagem: Paulo Higa/Tecnoblog)

Motorola Moto G 5G Plus (Imagem: Paulo Higa/Tecnoblog)

Do outro lado, um sistema quádruplo é composto por uma câmera principal de 48 megapixels (f/1,7) com modo de visão noturna, ultrawide de 8 megapixels (f/2,2), macro de 5 megapixels (f/2,4) e um sensor de profundidade para o efeito de desfoque de fundo. O flash disposto na vertical até lembra um modelo de xenon, mas na verdade é composto por dois LEDs.

O aparelho roda Android 10 de fábrica e tem atualização prometida para o Android 11. A versão que está sendo analisada pelo Tecnoblog traz um software personalizado pela Claro, com aplicativos da operadora e de parceiros comerciais pré-instalados na memória.

Motorola Moto G 5G Plus (Imagem: Reprodução/Motorola)

Motorola Moto G 5G Plus (Imagem: Reprodução/Motorola)

5G do Moto G 5G Plus tem DSS e frequências sub-6

O principal atrativo do Moto G 5G Plus é o suporte às redes móveis de quinta geração. O modelo está pronto para as principais bandas do 5G, como a n7 de 2.600 MHz, usada pela Claro para reaproveitar a frequência de 4G na nova tecnologia. A n78, de 3.500 MHz, prevista no leilão de frequências da Anatel, também é compatível com o modem Snapdragon X52. Assim como outros celulares 5G lançados no Brasil, não há suporte às ondas milimétricas (mmWave).

Mas o 5G ainda é incipiente no Brasil. Mesmo nas cidades que já receberam os primeiros pontos de acesso, como São Paulo, é difícil estar em uma área de cobertura inclusive nas regiões centrais. A Motorola diz que a inclusão da tecnologia em um aparelho mais popular pode impulsionar a instalação das novas redes no país.

“Comparando a experiência que você tinha no Motorola Edge com a que você tem hoje, as localidades [cobertas com 5G] já aumentaram. Isso vai ao encontro do movimento de crescimento, para massificar a tecnologia. Faz sentido [incluir o 5G] na família Moto G justamente por causa do histórico de trazer recursos que até então só estavam disponíveis no premium e no super premium”, diz o gerente de produto Thiago Masuchette ao Tecnoblog.

Motorola Moto G 5G Plus (Imagem: Divulgação/Motorola)

Motorola Moto G 5G Plus (Imagem: Divulgação/Motorola)

Masuchette diz que o Moto G 5G Plus não deve “canibalizar” o Motorola Edge, celular com mesmo processador, menos RAM e mais caro, porque o público do smartphone premium da marca procura uma experiência superior em design, tela e câmeras. O Edge traz uma tela OLED curvada nas laterais e, apesar de ter uma câmera a menos na traseira, seu sensor principal de 64 megapixels tende a tirar fotos com maior qualidade.

O Moto G 5G Plus será vendido pela Claro por R$ 2.999, na cor azul. O aparelho também poderá ser encontrado nas lojas e quiosques da Motorola, com software personalizado pela operadora.

Motorola Moto G 5G Plus – ficha técnica:

  • Tela: LTPS LCD de 6,7 polegadas com resolução Full HD+ (2520×1080 pixels);
  • Processador: Qualcomm Snapdragon 765 octa-core de até 2,3 GHz com chip gráfico Adreno 620;
  • RAM: 8 GB;
  • Armazenamento interno: 128 GB (com entrada para microSD de até 512 GB);
  • Câmera frontal dupla:
    • Principal: 16 megapixels (f/2,0);
    • Ultrawide: 8 megapixels (f/2,4) com campo de visão de 118 graus;
  • Câmera traseira quádrupla:
    • Principal: 48 megapixels (f/1,7);
    • Ultrawide: 8 megapixels (f/2,2) com campo de visão de 118 graus;
    • Macro: 5 megapixels (f/2,4);
    • Sensor de profundidade: 2 megapixels (f/2,4);
    • Flash LED duplo, gravação de vídeo em 4K a 30 fps;
  • Bateria: 5.000 mAh com carregamento TurboPower de 20 watts;
  • Conexões: 4G, 5G sub-6, Wi-Fi 802.11/a/b/g/n/ac, Bluetooth 5.0, NFC, rádio FM, entrada para fone de ouvido de 3,5 mm;
  • Dimensões e peso: 168,3x74x9,7 mm, 207 gramas.

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Paulo Higa

Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.