Netflix, Disney e Apple devem receber US$ 30 milhões de site de streaming pirata
Estúdios, canais de TV e empresas de tecnologia processaram dois serviços ilegais, que davam acesso a canais ao vivo, mais de 600 filmes e mais de 600 séries
Estúdios, canais de TV e empresas de tecnologia processaram dois serviços ilegais, que davam acesso a canais ao vivo, mais de 600 filmes e mais de 600 séries
Processos contra pirataria geralmente terminam com servidores tirados do ar e responsáveis indo para a cadeia. Uma ação movida por gigantes de Hollywood e da tecnologia, porém, chamou a atenção pelo acordo feito com um dono de serviços de IPTV e streaming ilegal: US$ 30 milhões em compensações financeiras.
O processo foi iniciado em dezembro de 2021 por diversos estúdios e emissoras de TV. Na lista, estavam Universal, Disney, Paramount, Warner e Columbia. Amazon e Apple entraram como parceiras. Os alvos das ações eram os sites AllAccessTV (AATV) e Quality Restreams.
Os serviços ofereciam acesso a canais ao vivo por IPTV, como HBO, Cinemax e NBC, e serviço de video on-demand (VOD), com mais de 600 filmes e mais de 600 séries, incluindo Harry Potter, Jurassic Park e The Office.
Eles estavam até organizados em categorias pelo streaming a que pertenciam originalmente, como Netflix, Amazon Prime Video e Disney+.
O serviço se disfarçava como um provedor de VPN, chamado VPN Safe Vault. Os assinantes pagavam entre US$ 10 e US$ 45 mensais para acessar o serviço.
O responsável pelos serviços era um morador do Texas chamado Dwayne Johnson (não, não era o ator The Rock). Ele era formalmente o administrador da VPN Safe Vault LLC.
O processo pedia, inicialmente, indenizações de US$ 150 mil por obra que teve seus direitos autorais infringidos.
A defesa de Johnson alegou que as evidências apresentadas eram enviesadas e que os detalhes da medida cautelar pedida pelos estúdios eram “sem base” e “absurdos”.
Mesmo assim, as partes chegaram a um acordo, e Dwayne Johnson, o chefe dos dois serviços de pirataria, pagará US$ 30 milhões de indenização.
Além disso, ele se comprometeu a não distribuir, transferir ou dar qualquer código fonte, código de objeto ou outras tecnologias ligadas à AATV e à Quality Restreams.
A cobrança de quantias milionárias na Justiça parece ser uma tendência de estúdios, serviços de streaming e canais de TV por assinatura.
Em outro processo, o youtuber Bill Omar Carrasquillo, mais conhecido como Omi in a Hellcat, teve mais de US$ 30 milhões confiscados, incluindo US$ 5,89 milhões de contas bancárias, além de uma coleção de carros de luxo.
Com informações: TorrentFreak, Hollywood Reporter