Netflix pode subir preço após fim das greves de roteiristas e atores

Plataforma de streaming deve fazer reajuste primeiro nos EUA e no Canadá. No Brasil, último aumento foi em julho de 2021.

Giovanni Santa Rosa
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Netflix
Netflix (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

A Netflix pode ficar mais cara nos próximos meses. Segundo uma reportagem do Wall Street Journal, o serviço de streaming estaria esperando as greves de Hollywood acabarem para aumentar o preço do plano com anúncios.

Segundo a publicação, o aumento seria em vários mercados globais, mas provavelmente começaria por EUA e Canadá. No Brasil, o último reajuste da Netflix aconteceu há mais de dois anos, em julho de 2021.

Ainda não se sabe de quanto seria o aumento ou quando ele entraria em vigor. Procurada pelo WSJ, a Netflix não comentou.

O aumento só viria depois do encerramento formal das greves dos atores e dos roteiristas de Hollywood. Os primeiros estão em negociação, enquanto os segundos devem votar uma proposta de acordo com estúdios de TV e cinema.

Plano básico sem anúncios foi descontinuado nos EUA

O plano Padrão com Anúncios é o mais barato do portfólio da Netflix. No Brasil, ele custa R$ 18,90 mensais. Nos EUA, o preço mensal é US$ 6,99.

O pacote oferece reprodução em duas telas simultâneas e resolução 1080p, mas não tem suporte a assinantes extras nem a downloads — além de, claro, ter propaganda nos filmes e séries.

Por aqui, a Netflix ainda oferece o plano Básico (meio escondido, mas oferece) por R$ 25,90 mensais. Ele tem menos recursos, como resolução de 720p e reprodução em apenas uma tela, mas é livre de anúncios. Nos EUA, essa opção foi descontinuada.

Concorrentes subiram preços e Netflix deu lucro

Como nota o Wall Street Journal, nos EUA, as principais plataformas de streaming subiram os preços de seus planos sem anúncios em cerca de 25%. No Brasil, a HBO Max ficou mais cara em fevereiro de 2023, e o Apple TV+ teve reajuste em setembro de 2022.

Enquanto as concorrentes subiram preços, a Netflix optou por outra estratégia: combater o compartilhamento de senhas. Desde maio, usuários precisam definir uma residência principal, e pessoas fora desse local só podem acessar o serviço se pagarem uma taxa extra.

Apesar de impopular, a mudança parece ter ajudado. Com a cobrança extra, o plano com anúncios e as demissões em massa, a empresa teve uma alta de 5,9 milhões de assinantes e lucro de US$ 1,5 bilhão no segundo trimestre de 2023.

Com informações: The Wall Street Journal

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Giovanni Santa Rosa

Giovanni Santa Rosa

Repórter

Giovanni Santa Rosa é formado em jornalismo pela ECA-USP e cobre ciência e tecnologia desde 2012. Foi editor-assistente do Gizmodo Brasil e escreveu para o UOL Tilt e para o Jornal da USP. Cobriu o Snapdragon Tech Summit, em Maui (EUA), o Fórum Internacional de Software Livre, em Porto Alegre (RS), e a Campus Party, em São Paulo (SP). Atualmente, é autor no Tecnoblog.

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