Tecnologia “5G” da Nokia atinge velocidade de 10 Gb/s
Em muitos lugares, o padrão LTE (4G) ainda está chegando, mas várias empresas já investem em pesquisas que podem levar às redes 5G. A Nokia (a parte não comprada pela Microsoft) é uma delas: nesta semana, a companhia revelou que a sua versão da tecnologia já consegue transferir dados à taxa de 10 Gb/s (gigabits por segundo).
Outras organizações já conseguiram alcançar velocidades próximas. A Nokia destaca, no entanto, que os testes com a sua tecnologia são mais “realistas” por serem feitos em condições que simulam situações reais de uso, como se a rede 5G já estivesse sendo utilizada em escala comercial.
Para tamanho feito, a Nokia utilizou uma portadora com frequência de ondas milimétricas de 73 GHz e antenas em uma configuração MIMO (Multiple-Input / Multiple-Output) 2×2 que, basicamente, indica que envio e recebimento de dados são feitos simultaneamente em dois fluxos por sentido.
Com o uso de MIMO, há também aplicação de tecnologias de “beamforming”. Com elas, em vez de as transmissões serem feitas homogeneamente, os sinais são distribuídos de modo inteligente, indo em direção a cada dispositivo de destino.
Demonstrações da tecnologia estão sendo feitas no Brooklyn 5G Summit, evento que acontece até amanhã (10). Os resultados obtidos até agora são convincentes, mas a própria Nokia reconhece que há desafios técnicos “cabeludos” pela frente.
O uso de ondas milimétricas talvez seja um dos aspectos mais complicados. Essa categoria de onda propicia o trabalho com frequências mais altas, por outro lado, pode não ter o alcance esperado, limitação que exige, entre outras medidas, um estudo bastante detalhado sobre o posicionamento das estações de transmissão.
De todo modo, atingir 10 Gb/s na atual fase já é uma grande realização. Com essa velocidade, será possível baixar vídeos em 8K instantaneamente, exemplifica a Nokia.
Mas é bom a gente esperar sentado: ainda não há indício de qual tecnologia substituirá o 4G. Além disso, redes 5G comerciais não deverão aparecer antes de 2020.
Com informações: Telecoms