Quando o Nubank vai se tornar, de fato, um banco? Ninguém sabe exatamente, mas a empresa de cartão de crédito já estuda a possibilidade. Em entrevista ao Estadão, o Nubank confirma que pretende ampliar seu portfólio de serviços, oferecendo conta corrente, empréstimos ou produtos de investimento.

A notícia chega no mesmo dia em que o Nubank divulga seu relatório financeiro semestral. A startup ainda dá prejuízo, mas as perdas diminuíram 36% em relação ao mesmo período de 2016. Além disso, a empresa obteve crescimento anualizado de 167,5%: “no primeiro semestre deste ano conseguimos gerar mais receita que o ano passado inteiro”, diz o Nubank.

Os usuários do cartão de crédito do Nubank gastaram R$ 2,15 bilhões na primeira metade do ano, um aumento de 53% em relação ao segundo semestre de 2016. A empresa não divulga o número de clientes, mas informa que mais de 8 milhões de pessoas já entraram na fila para pedir o cartão.

Segundo o Estadão, “a principal referência da empresa é o banco digital americano Capital One, que também nasceu como um cartão de crédito e hoje possui 700 agências, 2 mil caixas automáticos e que registrou lucro de US$ 1 bilhão no segundo trimestre de 2017, de acordo com o último balanço financeiro”.

Fato é que a empresa já começou a se mexer para ampliar seu leque de produtos. Em julho, o Nubank contratou Gustavo Franco, economista, fundador da gestora de recursos Rio Bravo Investimentos e ex-presidente do Banco Central. À Exame, Franco afirmou na época da contratação que sua missão no Nubank era ajudar em “novas ideias e novos produtos”.

Relacionados

Escrito por

Paulo Higa

Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.