Uber é investigado por suposto envolvimento em esquema internacional de propina
Faz menos de três horas que eu escrevi um texto sobre o Uber, que anunciou oficialmente seu novo CEO. A última frase do artigo era “será que a fase de inferno astral da empresa vai acabar?”. Bom, parece que a pergunta já está sendo respondida.
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos abriu uma investigação preliminar para determinar se executivos do Uber estão envolvidos em um esquema internacional de propina. A suspeita é que eles violaram uma lei norte-americana, a Foreign Corrupt Practices Act (FCPA), que torna ilegal o pagamento a governos estrangeiros para obter favores em negócios.
De acordo com o Wall Street Journal, não está claro se a investigação está focando em um país específico ou em vários dos 84 em que o Uber mantém operações. Mas sabe-se que a empresa violou leis de trânsito na Coreia do Sul e França, e teve um sério problema em Singapura, onde alugou veículos que pegavam fogo; foi descoberto que o Uber sabia do risco, mas disponibilizou os carros para os motoristas mesmo assim.
O Uber confirma que está cooperando com as investigações do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, mas não admite nem nega as acusações de suborno internacional. O serviço de transporte também está passando por outra investigação do mesmo órgão; ela envolve o Greyball, uma versão falsa do Uber que era utilizada para despistar autoridades e escapar da fiscalização.
O novo CEO terá um grande trabalho para botar a casa em ordem, pelo visto.