Nubank lança cartão de crédito Nu sem anuidade no México
10% dos adultos têm cartão de crédito no México; população desbancarizada chega a 36 milhões de pessoas
10% dos adultos têm cartão de crédito no México; população desbancarizada chega a 36 milhões de pessoas
A expansão internacional do Nubank começou de vez: a empresa lançou no México o cartão de crédito sem anuidade com a marca Nu para todo mundo. Até então, era necessário entrar em uma lista de espera, que já tinha 30 mil interessados. A fintech também abriu escritório na Argentina.
O cartão de crédito do Nubank para o México é basicamente o mesmo do Brasil: ele é emitido pela Mastercard (Gold), não tem anuidade nem tarifas, e possui taxa de juros “abaixo do mercado”, variando de acordo com o cliente.
Tudo é controlado por um aplicativo para iPhone e Android: é possível ajustar o limite total, consultar os gastos mais recentes, escolher o dia de pagamento, criar um cartão virtual e bloquear temporariamente o cartão físico. O Nu será oferecido para pessoas a partir de 18 anos que sejam mexicanas ou morem no México.
Devido ao oligopólio nos bancos, apenas 10% dos adultos têm cartão de crédito no México; a população desbancarizada totaliza 36 milhões de pessoas. Por isso, o país é visado por outras fintechs, como os bancos digitais europeus Revolut e N26 (que também pretende chegar ao Brasil).
David Vélez, CEO do Nubank, explica ao TechCrunch que o mercado de instituições financeiras tanto no Brasil como no México será parecido, em alguns anos, com o que a China tem agora.
Ambos os países latinoamericanos estão prestes a adotar pagamentos por QR Code; por aqui, teremos a plataforma PIX do Banco Central para substituir o DOC e TED por transações instantâneas. Vélez afirma que se inspirou na chinesa Tencent para melhorar os processos de satisfação do cliente priorizando a ciência de dados e o aprendizado de máquina.
O CEO do Nubank diz que o cartão de crédito sem anuidade é lucrativo desde 2017. No entanto, a empresa em si gera prejuízo: “escolhemos investir, crescer e oferecer serviços a mais pessoas”, explica o vice-presidente de finanças Gabriel Silva. No ano passado, as perdas foram de R$ 313 milhões, mais que o triplo em relação a 2018.
Com informações: Nubank, TechCrunch.