Nvidia cogita comprar ARM por mais de US$ 32 bilhões
Negócio ainda não está fechado, mas conversas para Nvidia comprar ARM avançam
Negócio ainda não está fechado, mas conversas para Nvidia comprar ARM avançam
As chances de a Nvidia ser a nova dona da ARM aumentaram. Pessoas próximas à negociação disseram ao Financial Times que as conversas estão avançando e que a companhia deixou claro que está disposta a desembolsar mais de US$ 32 bilhões na aquisição, montante que envolveria dinheiro e ações.
O valor de pelo menos US$ 32 bilhões já era esperado, pois essa foi a quantia que o grupo japonês SoftBank gastou para comprar a ARM, em 2016. Porém, o montante exato ainda não foi revelado, provavelmente por ambas as partes ainda não terem chegado a um valor final.
Se o acordo ainda não foi finalizado, a possibilidade de a ARM ser vendida para outro grupo ainda existe, certo? Certo. Mas a Nvidia parece estar em vantagem. Primeiro porque as conversas com a SoftBank vêm sendo realizadas há meses, revelam as fontes. Segundo porque, bom, a Nvidia tem dinheiro.
A favor da Nvidia está o seu bom momento. Recentemente, o seu valor de mercado ultrapassou US$ 260 bilhões. Hoje, a companhia é mais valiosa que até então líder Intel. Pudera: as ações da Nvidia experimentam alta de mais de 150% em relação ao ano passado.
Para a Nvidia, o negócio é realmente interessante. A companhia, que lidera o mercado de chips gráficos, principalmente no segmento de alto desempenho, teria muito mais penetração no setor de semicondutores com a compra, afinal, a tecnologia da ARM está presente em uma grande diversidade de dispositivos eletrônicos, de fones Bluetooth a celulares e tablets.
No lado da SoftBank, a venda por um valor superior aos US$ 32 bilhões desembolsados originalmente também seria uma vitória, simplesmente porque o grupo não conseguiu fazer a ARM prosperar como o esperado, embora analistas indiquem que a receita anual da companhia aumentou de US$ 1,2 bilhão para US$ 1,9 bilhão de 2016 para cá.
As negociações avançam, mas nada foi decidido. As fontes ouvidas pelo Financial Times informam que numerosas questões precisam ser resolvidas para essa história ter desfecho favorável à Nvidia. Provavelmente, preocupações com leis antimonopólio estão entre elas.