Oi assina contrato de exclusividade para vender divisão de fibra óptica
Globenet e fundo do BTG Pactual querem comprar participação da InfraCo, que possui mais de 400 mil km de fibra
Globenet e fundo do BTG Pactual querem comprar participação da InfraCo, que possui mais de 400 mil km de fibra
A Oi divulgou na última quarta-feira (4) um acordo de exclusividade para negociar a empresa de fibra óptica InfraCo. O comprador interessado é um fundo do banco BTG Pactual em conjunto com a empresa de cabos submarinos Globenet, que também é controlada pela instituição financeira.
O acordo dá exclusividade para negociações até 6 de março de 2021, com renovação automática por 30 dias caso não houver manifestação em contrário por uma das partes. O contrato dá ao comprador o direito de cobrir outras propostas da InfraCo.
A venda de participação da InfraCo ocorrerá em um leilão a ser realizado pelo Juízo da 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, uma vez que a Oi enfrenta um processo de recuperação judicial. Anteriormente, a operadora também recebeu uma proposta vinculante do fundo canadense o Digital Colony, dono da Highline do Brasil.
Vale lembrar que a Oi vendeu o braço de telefonia móvel por R$ 16,5 bilhões para as concorrentes Claro, TIM e Vivo. O negócio ainda precisa do aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e Anatel; os clientes serão divididos por região.
No plano de recuperação judicial, a Oi aposta na separação estrutural da InfraCo para a criação de uma ampla rede neutra. A nova companhia irá atender a unidade de clientes da própria Oi (ClientCo) e outras operadoras que querem entrar no mercado de banda larga por fibra óptica.
A InfraCo é o principal ativo da Oi, e a nova empresa ficará responsável por mais de 400 mil km de fibra óptica em cerca de 2.300 municípios de todos os estados brasileiros. A tele avalia que seu braço de fibra vale R$ 20 bilhões, e está disposta a vender entre 25,5% até 51% do negócio.
Se o negócio for concretizado, o BTG Pactual irá absorver mais um pedaço da Oi: a Globenet pertencia à operadora, que vendeu o negócio de cabos submarinos para o banco em 2013 por R$ 1,74 bilhão.