TIM ficará com maior parte de clientes e espectro da Oi Móvel
Oi Móvel foi vendida para Claro, TIM e Vivo por R$ 16,5 bilhões; TIM pagará R$ 7,3 bilhões por clientes e capacidade
Oi Móvel foi vendida para Claro, TIM e Vivo por R$ 16,5 bilhões; TIM pagará R$ 7,3 bilhões por clientes e capacidade
O leilão da Oi Móvel finalmente aconteceu, e as compradoras Claro, TIM e Vivo divulgaram os fatos relevantes com maiores detalhes da aquisição. Como esperado pelo mercado, a TIM ficará com a maior parte da operadora e pagará R$ 7,3 bilhões do valor total. Em segundo lugar, a Vivo desembolsará R$ 5,5 bilhões, enquanto a Claro arcará com R$ 3,7 bilhões.
A compra da Oi Móvel pelo trio de operadoras foi oficializada nesta segunda-feira (14). O valor do arremate foi de R$ 15,7 bilhões pelos ativos de telefonia celular e outros R$ 819 milhões por um contrato de capacidade.
Os comunicados ao mercado não esclareceram exatamente qual foi o critério escolhido para o fatiamento dos clientes – as empresas afirmam que irão privilegiar “a competição entre as operadoras presentes no mercado brasileiro”. Acredita-se que a divisão seja feita individualmente por DDD, privilegiando a compradora com menor quantidade de linhas móveis.
A TIM é a maior compradora da Oi Móvel: a empresa arcará com 44% do valor total do leilão, o que representa R$ 7,3 bilhões.
Dos ativos adquiridos, a TIM ficará com aproximadamente 14,5 milhões de clientes (40% da base total da Oi). Além disso, a operadora italiana adicionará 7,2 mil sites de acesso móvel (antenas e equipamentos), o que corresponde a 49% de toda a empresa.
Outro ponto relevante é o espectro: a TIM ficará com aproximadamente 49 MHz na média nacional, respeitando o limite máximo imposto pela Anatel. Essa quantidade equivale a 54% de todas as licenças da Oi Móvel e deve aumentar a capacidade da compradora.
A Vivo é a segunda maior compradora da Oi Móvel. A operadora arcará com 33% do preço base do negócio, o que representa R$ 5,5 bilhões.
O valor permitirá à Vivo adicionar aproximadamente 10,5 milhões de clientes oriundos da Oi, correspondendo a cerca de 29% da base total de acessos. A participação de infraestrutura é de 19%, deixando a compradora com contratos de uso de 2,7 mil sites de telefonia móvel.
Quanto ao espectro, a Vivo ficará com 43 MHz na média nacional, o que reflete 46% de todas as licenças da Oi Móvel. A companhia também diz respeitar os limites de capacidade impostos pela Anatel.
O terceiro maior negócio é de responsabilidade da Claro: a empresa arcará com R$ 3,7 bilhões, o que equivale a 22% do preço de compra da Oi Móvel.
A Claro levará mais clientes que a Vivo e ficará com 32% da base total da Oi Móvel, o que corresponde cerca de 11,7 milhões de linhas.
O valor foi mais baixo que das concorrentes porque a Claro não ficará com nenhuma licença de espectro. A operadora já está próxima da capacidade máxima estabelecida pela Anatel, muito por conta da aquisição da Nextel em 2019.
Além da base de clientes, a Claro também adquiriu 4,7 mil sites de telefonia celular, o que representa 32% do total da Oi Móvel.