Parece que ninguém quer comprar a LG Mobile

Após suposto fracasso em negociações e uma série de prejuízos, a LG pode ter que fechar sua divisão de smartphones

Ana Marques
• Atualizado há 3 anos
LG G8X ThinQ (Imagem: Paulo Higa/Tecnoblog)

Em fevereiro, noticiamos a tentativa da LG de vender suas fábricas de celulares para focar em outros setores mais lucrativos, como o de carros elétricos. No entanto, parece que ninguém quer comprar a LG Mobile, o que pode forçar a empresa a simplesmente fechar a sua divisão de smartphones.

As informações são de um relatório obtido pelo jornal sul-coreano Dong-A Ilbo. Aparentemente, até mesmo os planos recentes de lançamento de um smartphone com tela rolável foram descartados – junto a todos os outros projetos envolvendo celulares neste primeiro semestre.

A LG estava em negociações com empresas como a Volkswagen e Vingroup JSC do Vietnã, porém, de acordo com o relatório, não teria obtido sucesso. A empresa vem reportando uma série de prejuízos ano após ano e, em janeiro, o CEO  Kwon Bong-seok afirmou estar considerando “todas as medidas possíveis” para reduzir as perdas.

Uma fonte ouvida pelo Dong-A Ilbo afirma ainda que um comunicado oficial sobre o destino da divisão de smartphones da LG pode chegar aos funcionários já no início de abril.

Fechamento da LG Mobile é última opção para a empresa

A LG cogitou outras opções para não ter que abandonar o setor de smartphones. Em dezembro, houve rumores sobre os planos de terceirizar a produção de celulares intermediários para cortar custos em 2021. A intenção era tornar os produtos mais competitivos frente às fabricantes chinesas, como Xiaomi, Oppo e Vivo.

Entretanto, a companhia parece estar ficando sem saída: a última vez em que a LG obteve lucro com a divisão de celulares foi em 2014. De 2015 a setembro de 2020, a empresa acumulou quase US$ 3,5 bilhões em prejuízo com smartphones.

Com informações: Bloomberg

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Gerente de Conteúdo

Ana Marques é jornalista e cobre o universo de eletrônicos de consumo desde 2016. Já participou de eventos nacionais e internacionais da indústria de tecnologia a convite de empresas como Samsung, Motorola, LG e Xiaomi. Analisou celulares, tablets, fones de ouvido, notebooks e wearables, entre outros dispositivos. Ana entrou no Tecnoblog em 2020, como repórter, foi editora-assistente de Notícias e, em 2022, passou a integrar o time de estratégia do site, como Gerente de Conteúdo. Escreveu a coluna "Vida Digital" no site da revista Seleções (Reader's Digest). Trabalhou no TechTudo e no hub de conteúdo do Zoom/Buscapé.