A gente logo pensa nos chips Core quando o assunto é Intel, mas a companhia continua marcando presença — ou pelo menos tentando — em segmentos que exigem processadores mais acessíveis, como notebooks ou tablets de entrada. Duas novas linhas foram anunciadas pela Intel visando esses dispositivos: os novos chips Pentium Silver e Celeron.
No mês passado, a Intel renomeou as suas linhas de processadores acessíveis para torná-las mais organizadas (ou confusas?). Temos, desde então, os processadores Pentium Gold e Pentium Silver, além de novos chips que continuam sendo batizados como Intel Celeron.
Pelo menos por enquanto, os chips Pentium Gold são aqueles que integram a família Kaby Lake, como os modelos Pentium G4560, G4600 e G4620. Já os processadores baseados na nova microarquitetura Gemini Lake (14 nanômetros) estão sendo classificados como Pentium Silver e Celeron.
Seis processadores Gemini Lake foram revelados para esta primeira leva, todos com 4 MB de cache, suporte a até 8 GB de memória DDR4/LPDDR4 e número de threads igual ao de núcleos:
- Pentium Silver N5000: quad-core de 1,1 GHz (até 2,7 GHz em burst), GPU UHD Graphics 605 de até 750 MHz, TDP de 6 W;
- Pentium Silver J5005: quad-core de 1,5 GHz (até 2,8 GHz em burst), GPU UHD Graphics 605 de até 800 MHz, TDP de 10 W;
- Celeron N4100: quad-core de 1,1 GHz (até 2,4 GHz em burst), GPU UHD Graphics 600 de até 700 MHz, TDP de 6 W;
- Celeron N4000: dual-core de 1,1 GHz (até 2,6 GHz em burst), GPU UHD Graphics 600 de até 650 MHz, TDP de 6 W;
- Celeron J4105: quad-core de 1,5 GHz (até 2,5 GHz em burst), GPU UHD Graphics 600 de até 750 MHz, TDP de 10 W;
- Celeron J4005: dual-core de 2,0 GHz (até 2,7 GHz em burst), GPU UHD Graphics 600 de até 700 MHz, TDP de 10 W.
Estrategicamente, a Intel está dando mais destaque para o clock em burst dos processadores. Trata-se de uma característica que ativa automaticamente uma frequência mais elevada quando a demanda de processamento é alta. É uma técnica que lembra muito o modo boost dos chips Core, mas com algumas diferenças, como só funcionar por curtos intervalos de tempo.
De acordo com a Intel, os chips com a letra ‘J’ na identificação são direcionados a desktops. Já os modelos que levam a letra ‘N’ são voltados a dispositivos móveis como tablets e laptops de baixo custo.
É bom que, dentro daquilo que se espera para a categoria de cada dispositivo, os chips Gemini Lake se saiam bem, afinal, a concorrência tem avançado com força nos últimos meses — até laptops com processadores ARM e Windows 10 estão a caminho, vale lembrar.
Pois bem, ainda que sem entrar em detalhes, a Intel afirma que os novos chips podem ser até 58% mais rápidos em tarefas básicas do que processadores de baixo custo lançados há quatros anos, como o Pentium J2900.
A companhia destaca ainda o suporte à tecnologia Local Adaptive Contrast Enhancement (LACE), que melhora a visualização da tela em ambientes fortemente iluminados, e ao padrão Gigabit Wi-Fi, que tem como base as especificações 802.11ac 2×2 com canais de 160 MHz (em teoria, é um padrão até duas vezes mais rápido do que o 802.11ac “normal”).
Se as previsões da Intel estiverem certas, os primeiros equipamentos baseados nos novos processadores serão lançados no primeiro trimestre de 2018.