Pentium e Celeron vão se aposentar: alguém vai sentir falta?
Intel deixará de usar marcas Pentium e Celeron em notebooks; chips de entrada serão chamados apenas de "Intel Processor"
Intel deixará de usar marcas Pentium e Celeron em notebooks; chips de entrada serão chamados apenas de "Intel Processor"
Se faz parte dos preparativos para a 13ª geração de chips Core, a ser anunciada em breve, eu não sei. O fato é que, recentemente, a Intel tomou uma decisão que quase passou despercebida. As clássicas marcas Pentium e Celeron para notebooks deixarão de ser usadas a partir de 2023.
A decisão é surpreendente. As marcas Pentium e Celeron estão no mercado há muito tempo, portanto, são reconhecidas facilmente, até por usuários leigos. O primeiro Pentium surgiu em 1992 e chegou ao mercado no ano seguinte. O primeiro Celeron apareceu em 1998.
Por algum tempo, a família Pentium foi focada em desempenho, representando a principal linha de produtos da empresa. A família Celeron, por outro lado, sempre designou uma categoria secundária, digamos assim. Lembro até que alguns “fãs” do chip o chamavam de “Desaceleron”.
Mas há anos que as duas marcas são usadas pela Intel exclusivamente para identificar processadores de baixo custo. É por isso que, provavelmente, ninguém sentirá falta delas em laptops.
O motivo é óbvio. O desempenho que os atuais processadores Pentium e Celeron oferecem é modesto em relação à família Intel Core.
Para você ter ideia, na geração mais recente (12ª), ambas as linhas são formadas por chips Alder Lake-U com apenas um núcleo de performance e quatro de eficiência (para economia de energia).
Falo de modelos como Pentium 8500 e Celeron 7300. Os dois são muito parecidos entre si, exceto pelo fato de o modelo Celeron não ter suporte ao modo turbo. Eles funcionam? Funcionam, é claro. Só não dá para ir muito além das tarefas básicas.
Se você já teve experiência com algum Pentium ou Celeron, talvez tenha dito “vão tarde”. Mas esse não é exatamente um adeus. A Intel decidiu apenas descontinuar essas marcas. A companhia continuará lançando processadores básicos para notebooks, mas com um nome “criativo”: Intel Processor.
Sim, os novos chips de entrada serão identificados apenas como “Processador Intel”. Josh Newman, vice-presidente de plataformas móveis da Intel, comenta a decisão:
A nova marca Intel Processor irá simplificar as nossas ofertas para que os usuários possam se focar na escolha do processador certo para as suas necessidades.
Bom, é um argumento. Mas admito ter ficado um pouco ressabiado com a mudança. Penso que, ao se depararem com um “Intel Processor” na ficha técnica do notebook, algumas pessoas poderão não ter ideia de que essa marca diz respeito a chips de entrada. Pelo tempo de mercado que tinham, as marcas Pentium e Celeron deixavam esse aspecto mais claro.
O porquê da mudança não foi divulgado. Mas é possível que a Intel tenha chegado à conclusão de que as duas marcas ficaram desgastadas. Nesse sentido, adotar uma nomenclatura neutra (e vaga) pode ter um efeito mercadológico mais interessante para a empresa.
Pelo menos por enquanto, nada muda nos chips Intel para desktops. Mas há boas chances de que, em um futuro próximo, a companhia também deixe de usar as marcas Pentium e Celeron nesse segmento.
É de se presumir que a Intel focou a mudança no segmento de laptops por este ser mais representativo em volume de vendas. No entanto, a empresa costuma deixar as linhas de produtos das duas categorias alinhadas entre si.
Isso significa que, talvez, as marcas Pentium e Celeron estejam próximas da aposentadoria definitiva.
Só para constar, marcas como Core, Evo e vPro continuam firmes e fortes.
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