Quadrilha em SP furta celulares para roubar dinheiro de contas bancárias
Criminosos conseguem invadir até mesmo sistemas complexos de segurança; Procon prepara ações para cobrar reforço a empresas
Criminosos conseguem invadir até mesmo sistemas complexos de segurança; Procon prepara ações para cobrar reforço a empresas
Ficar sem o celular por motivos de furto ou assalto já é uma situação indigesta, mas os furtos de smartphones na cidade de São Paulo ganharam outro propósito: a subtração de dinheiro por meio de aplicativos de banco. Segundo uma reportagem da Folha publicada no início desta semana, há quadrilhas especializadas neste tipo de crime atuando ativamente na capital paulista.
Aparentemente, os criminosos contam com uma rede de hackers capaz de enganar sistemas complexos de segurança. Portanto, ainda que você utilize senhas ou um método biométrico para bloquear o telefone, deve ficar atento em caso de roubo ou perda do aparelho. As movimentações financeiras geralmente são feitas durante a madrugada.
A matéria publicada pela Folha dá alguns exemplos de casos do tipo. Em um deles, o dono do celular roubado, Donald Jorge Cataliva, de 28 anos, contava com o Face ID do iPhone 11 ativado e, mesmo assim, teve sua conta bancária do Itaú invadida por meio do app, e R$ 5.000 transferidos indevidamente – em menos de meia hora após o furto.
Segundo Cataliva, ao se dirigir à delegacia para registrar o Boletim de Ocorrência, encontrou mais duas vítimas de crimes semelhantes, ambas também com contas do Itaú violadas após furto de smartphone.
Ciente do problema na cidade de São Paulo, o Procon afirma já estar preparando ações que visam cobrar empresas do setor atingido para aumentar a proteção em aplicativos para smartphones. De acordo com a fundação, já é sabido que ao menos uma quadrilha na capital tem como principal negócio o furto do celular para fraudes bancárias.
A Polícia Civil também afirma estar empenhada para combater este tipo de crime. O delegado Roberto Monteiro relatou que todos os dias há prisões de suspeitos de participação em grupos como os citados acima. Ele também contou que o número de fraudes aumentou desde o início da pandemia.
“Geralmente são os Android, ou celulares abertos, quando a pessoa está no Waze”, disse Monteiro à Folha. “A quebra do iOS é muito mais difícil, mas eles também conseguem”, completou o delegado.
Apesar dos casos citados, de acordo com a Febraban (Federação Brasileira de Bancos), os aplicativos de bancos são seguros e não há registro de violação dessa segurança.
Com informações: Folha de S. Paulo
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