Sensor para celulares detecta vírus da COVID-19 em superfícies

Sensor miniaturizado consegue identificar o coronavírus mesmo com componente encontrando outras partículas próximas do vírus

André Fogaça
• Atualizado há 3 anos
Sensor em um celular poderá detectar a presença de COVID-19 (Imagem: divulgação/General Electric)
Sensor em um celular poderá detectar a presença do vírus da COVID-19 (Imagem: divulgação/General Electric)

A General Electric divulgou detalhes do desenvolvimento de uma superfície para celulares, com objetivo de detectar a presença do novo coronavírus, causador da COVID-19. A empresa garante que a ideia segue mais ou menos os mesmos passos de sensores semelhantes já utilizados em vários lugares, como laboratórios.

O trabalho anunciado pretende miniaturizar o componente para encaixá-lo em um espaço semelhante ao já ocupado pela borda de um celular. Ele será capaz de identificar a presença de partículas do vírus causador da COVID-19, seja no dedo do usuário ou mesmo em uma superfície lisa – como uma mesa.

“Todos nós entramos em contato com diferentes superfícies durante um determinado dia, de telas dos computadores e mesas de escritório, a quiosques no aeroporto e máquinas de pagamento com cartões de crédito em nossas tarefas do cotidiano. Embora todos façam um ótimo trabalho em manter essas superfícies limpas, queremos adicionar uma camada extra de segurança ao sermos capazes de detectar a presença do vírus”, comenta o cientista Radislav Potyrailo, um dos responsáveis pelo projeto na GE.

A equipe de Potyrailo já é conhecida por criar este tipo de dispositivo, mas para equipamentos grandes tipicamente presentes em laboratórios. Este trabalho vem sendo feito na última década, dentro da própria General Electric. O novo sensor promete ser menor que o leitor biométrico de um smartphone.

O cientista garante que sua criação, mesmo em proporções minúsculas e encaixando em um celular, ainda é capaz de manter o mesmo nível de detecção presente nos grandes instrumentos profissionais e que geralmente ocupam o espaço de um microondas.

“Ao fornecer essa capacidade de detecção requintada de um instrumento analítico de ponta em um formato tão pequeno, podemos agora considerar aplicações de identificação sendo implementadas em uma superfície sensível, presente em um celular ou aparelho ainda menor que ele”, complementa o cientista.

Detecção do vírus não sofre interferência

Radislav Potyrailo também promete que a criação de sua equipe foi desenvolvida e treinada para caçar exatamente o que procura no novo coronavírus, completamente livre de interferência por outras partículas presentes no sensor.

Mesmo com a sensação de trabalho avançado, a equipe de desenvolvimento da General Electric ainda precisa de ao menos mais dois anos para a criação sair do laboratório, para então chegar aos celulares das pessoas.

Ainda não existe previsão de alguma marca de celulares abraçando a ideia, mas eu juro que ficaria realmente animado se meu smartphone pudesse ser uma ferramenta de detecção para a COVID-19 em superfícies como o mercado, caixa eletrônico ou restaurante quando vou buscar a quentinha.

Com informações: General Electric.

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André Fogaça

André Fogaça

Ex-autor

André Fogaça é jornalista e escreve sobre tecnologia há mais de uma década. Cobriu grandes eventos nacionais e internacionais neste período, como CES, Computex, MWC e WWDC. Foi autor no Tecnoblog entre 2018 e 2021, e editor do Meio Bit, além de colecionar passagens por outros veículos especializados.