TikTok vai pagar criadores de filtros e efeitos que viralizarem

Fundo de US$ 6 milhões vai dar US$ 700 para filtros usados em mais de 500 mil vídeos; artistas terão que concorrer com efeitos criados pela própria rede social

Giovanni Santa Rosa
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TikTok
TikTok (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Nenhuma rede social se mantém sem conteúdo produzido pelos usuários, e uma forma de incentivar isso é bem simples: pagando. O TikTok vai um pouco além e também dará dinheiro para quem criar filtros e efeitos que fizerem sucesso nos vídeos curtos. A plataforma anunciou um fundo de US$ 6 milhões para esses criadores.

O programa de recompensas vai dar US$ 700 (cerca de R$ 3,5 mil) por 500 mil vídeos que usarem um determinado filtro ou efeito em 90 dias. Acima disso, o pagamento é de US$ 140 (cerca de R$ 700) adicionais a cada 100 mil vídeos.

Na contagem, só entra um vídeo por usuário por dia — ou seja, se o mesmo usuário postar vários vídeos com o mesmo efeito na mesma data, só o primeiro será levado em consideração para o pagamento.

Assim, o TikTok atende uma antiga reivindicação de artistas, que não ganhavam nenhum centavo com filtros, por mais que eles viralizassem e fossem usados em trends, por exemplo.

Mesmo assim, é uma quantia bem tímida: 500 mil vídeos em 90 dias é um mínimo bastante alto, e US$ 6 milhões é pouco perto do fundo de US$ 1 bilhão para criadores de conteúdo.

Além disso, muitos dos filtros e efeitos mais usados na rede são criados pelo próprio TikTok. Portanto, quem for investir nisso terá que competir com as ferramentas da própria empresa.

Os artistas também fazem parcerias com marcas e vendem seus filtros fora da plataforma para ganhar dinheiro.

Concorrente do TikTok também investe em conteúdo

Outra rede de vídeos curtos que fez mudanças na monetização para atrair criadores foi o YouTube Shorts.

Em fevereiro de 2023, a plataforma passou a dividir o dinheiro de publicidade com os produtores de conteúdo. Eles passaram a ficar com 45% das receitas de anúncios.

Antes, a única fonte de renda era um fundo de US$ 100 milhões, que pagava US$ 0,04 por milhar de visualizações.

Com informações: TikTok, The Verge

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Giovanni Santa Rosa

Giovanni Santa Rosa

Repórter

Giovanni Santa Rosa é formado em jornalismo pela ECA-USP e cobre ciência e tecnologia desde 2012. Foi editor-assistente do Gizmodo Brasil e escreveu para o UOL Tilt e para o Jornal da USP. Cobriu o Snapdragon Tech Summit, em Maui (EUA), o Fórum Internacional de Software Livre, em Porto Alegre (RS), e a Campus Party, em São Paulo (SP). Atualmente, é autor no Tecnoblog.

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