Biosite de fibra de vidro, carbono e aramida da TIM Brasil em Salvador (BA)

O 5G está vindo, e as novidades da tecnologia não estão só nas altas velocidades da internet. A TIM lançou uma antena feita de fibra de vidro e carbono. O equipamento tem 18 metros de altura e está instalado em Salvador (BA), próximo a pontos turísticos da capital baiana. Ele conta com suporte para as redes de quinta geração.

A antena é um biosite, nome dado a um poste multifuncional usado para a instalação de estações rádio bases (ERBs). Esse tipo de equipamento tem baixo impacto visual, e se integra mais facilmente à paisagem, já que parece mais um poste de luz do que uma antena.

A TIM já possui mais de 1.800 biosites ativos, distribuídos em cerca de 300 cidades brasileiras. Eles são usados para densificar as redes 4G da operadora, melhorando a qualidade do sinal.

“Temos apostado em soluções eficientes e inovadoras para melhorar a cobertura e qualidade do serviço bem como agregar novas funcionalidades na perspectiva de cidades inteligentes”, diz Marco Di Costanzo, diretor da TIM Brasil. “Inovações como essa são fundamentais para nossa meta de atender com a rede 4G todos os municípios do País até 2023, e também alavancar a cobertura do 5G com a utilização deste mobiliário urbano.”

Antena de fibra de carbono integrada à paisagem urbana de Salvador (BA)
Antena de fibra de carbono integrada à paisagem urbana de Salvador (BA) (Imagem: Divulgação / TIM Brasil)

Esta não é a primeira experiência da TIM com uma antena sustentável. Na Praia da Pipa, em Tibau do Sul (RN), a empresa instalou um biosite alimentado por energia eólica, gerada no próprio local.

Antena da TIM não gera resíduos tóxicos

O novo biosite da TIM tem 18 metros de altura e está próximo à Arena Fonte Nova e ao Dique do Tororó. Por serem pontos turísticos, há grande circulação de pessoas e necessidade de um sinal estável e de qualidade.

Geralmente, esse tipo de equipamento é metálico e precisa passar por um processo de galvanização. Essa etapa gera subprodutos tóxicos e consome muita água.

Ao trocar esse material por fibras de vidro, carbono e aramida, a galvanização é evitada, e os recursos, poupados. Segundo a empresa, 100% dos resíduos gerados durante a fabricação dessa antena podem ser reaproveitados.

Detalhe de antena de fibra de vidro
Detalhe de antena de fibra de vidro (Imagem: Divulgação / TIM Brasil)

A fibra de vidro não é totalmente estranha a uma torre de celular. O radome, proteção externa das antenas da torre, normalmente é feito desse material ou de plástico, porque é necessário que as ondas passem por ele.

O compósito de fibra de vidro, carbono e aramida, por outro lado, não é encontrado nos radomes. Ele é um material mais resistente e pode ser usado em elementos estruturais, como o biosite.

Parceria e novos usos

A antena de fibra de vidro, carbono e aramida foi desenvolvido pela TIM em parceria com a empresa de telecomunicações Comba Brasil.

“Através de nossa já conhecida expertise em cobertura celular e nossa equipe de engenharia que pensa e trabalha de forma disruptiva pudemos unir inovação, sustentabilidade e alta eficiência em uma única solução, com o objetivo principal de facilitar a vida de pessoas e negócios na região”, diz Johnny Brito, CEO da empresa.

O biosite sustentável também pode ser usado por empresas, para ampliar a cobertura de sinal, e prefeituras, tanto para câmeras de segurança quanto para iluminação pública.

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Giovanni Santa Rosa

Giovanni Santa Rosa

Repórter

Giovanni Santa Rosa é formado em jornalismo pela ECA-USP e cobre ciência e tecnologia desde 2012. Foi editor-assistente do Gizmodo Brasil e escreveu para o UOL Tilt e para o Jornal da USP. Cobriu o Snapdragon Tech Summit, em Maui (EUA), o Fórum Internacional de Software Livre, em Porto Alegre (RS), e a Campus Party, em São Paulo (SP). Atualmente, é autor no Tecnoblog.

Everton Favretto

Everton Favretto

Assistente de Conteúdo

Everton Favretto é bacharel em Tecnologias Digitais pela UCS e caça homologações da Anatel para o Tecnoblog. Gosta de telefones (velhos e novos) e está sempre pronto para falar de aviões. Consegue identificar um modelo de 737 olhando para a fotografia dele e tem um Raspberry Pi Zero W na sacada só para rastrear as aeronaves por ADS-B.

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