Twitter perde 9 milhões de usuários expulsando bots e lucra novamente

Twitter teve lucro por quatro trimestres consecutivos: foram US$ 106 milhões só entre julho e setembro

Felipe Ventura
• Atualizado há 3 anos
Twitter

O Twitter realizou uma proeza notável: conseguiu ter lucro por quatro trimestres consecutivos. Foram US$ 106 milhões só entre julho e setembro. O número de usuários caiu bastante, em 9 milhões, mas a rede social diz que isso corresponde a bots na maior parte.

Nos últimos meses, o Twitter reforçou o combate ao tráfego automatizado. Isso pode melhorar a qualidade do serviço para os usuários de verdade, e até mesmo ajudar a trazer lucros — os anunciantes terão mais confiança de que estão chegando a pessoas reais.

O Twitter fechou o terceiro trimestre com 326 milhões de usuários ativos mensais, ou seja, que usaram a rede social pelo menos uma vez nos últimos 30 dias. No segundo trimestre, eram 335 milhões. A queda veio após o combate a bots e contas inautênticas, diz a empresa.

O CEO Jack Dorsey avisou que essa queda deve continuar. O Twitter pode perder mais cerca de 5 milhões de usuários nos próximos meses, devido a uma tecnologia que ajuda a detectar pessoas tentando criar bots. Isso ajuda a manter a saúde da rede social que será “um fator de crescimento no longo prazo”, diz Dorsey.

Além disso, a criação de novos perfis no Twitter caiu 20% em relação ao trimestre anterior, porque agora há mecanismos para verificar se o usuário é real. Isso evita “a criação de novas contas para spam ou atividades suspeitas, exigindo que confirmem um endereço de e-mail ou número de celular”, diz a empresa.

O Twitter teve lucro de US$ 100 milhões no segundo trimestre, US$ 61 milhões no primeiro trimestre, e US$ 91 milhões no final de 2017 — primeira vez que a empresa saiu do prejuízo.

Com informações: Engadget, The Verge.

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Felipe Ventura

Felipe Ventura

Ex-editor

Felipe Ventura fez graduação em Economia pela FEA-USP, e trabalha com jornalismo desde 2009. No Tecnoblog, atuou entre 2017 e 2023 como editor de notícias, ajudando a cobrir os principais fatos de tecnologia. Sua paixão pela comunicação começou em um estágio na editora Axel Springer na Alemanha. Foi repórter e editor-assistente no Gizmodo Brasil.