Vendas de celulares na China despencam 40% em meio a surto de coronavírus

Fabricantes enviaram 20,8 milhões de smartphones às lojas chinesas em janeiro

Paulo Higa
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• Atualizado há 2 anos e 10 meses
Xiaomi Mi 10 Pro

O tombo nas vendas de smartphones na China foi grande: em janeiro de 2020, as fabricantes enviaram 20,8 milhões de aparelhos às lojas locais, uma queda de 38,9% em relação ao mesmo período de 2019. O surto de coronavírus tem reduzido a produção de componentes na China, o que afetou a fabricação de celulares no mundo todo, inclusive no Brasil.

Os números são de um instituto de pesquisa subordinado ao Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação da China. Eles mostram que as marcas chinesas, como Huawei, Xiaomi e Oppo, foram as maiores afetadas: para elas, a queda nos envios de smartphones às lojas do país foi de 42,9%.

A queda ocorreu mesmo com o aumento de lançamentos. Na China, 34 novos modelos de celulares chegaram às lojas no mês passado, dos quais 18 eram 4G, oito eram 5G e oito eram 2G. O crescimento no número de modelos novos foi de 6,3% em relação a janeiro de 2019. O 4G ainda é a tecnologia dominante nas prateleiras das lojas, com 15 milhões de unidades enviadas, mas 5,4 milhões de aparelhos já tinham suporte a 5G.

Devido ao coronavírus, as vendas de celulares devem cair no mundo inteiro. A Apple informou aos investidores que sua previsão de faturamento entre US$ 63 bilhões e US$ 67 bilhões no trimestre atual poderá não ser atingida devido ao surto. A consultoria IDC afirmou que as vendas globais de smartphones devem cair 10,6% no primeiro semestre de 2020.

Com informações: GizmoChina.

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Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.

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