Vendas de PCs crescem pelo segundo ano seguido, mas devem cair em 2019
Em 2018, o mercado brasileiro de PCs registrou crescimento de 7,5%; este ano, a categoria deve ter queda
Em 2018, o mercado brasileiro de PCs registrou crescimento de 7,5%; este ano, a categoria deve ter queda
O mercado de PCs no Brasil cresceu pelo segundo ano consecutivo e alcançou a marca de 5,57 milhões de unidades vendidas, segundo dados da IDC. O setor teve alta de 7,5% entre janeiro e dezembro de 2018, na comparação com o mesmo período do ano anterior.
Ainda que o crescimento tenha sido um pouco menor que o de 2017, quando ficou em 15%, a categoria segue com motivos para comemorar. A receita aumentou 17% e totalizou R$ 10,33 bilhões, entre os notebooks, e R$ 3,66 bilhões, entre os desktops.
O resultado se deve pela subida dos preços de PCs. Os notebooks ficaram 10% mais caros em 2018 e foram vendidos por R$ 2.665, em média. Enquanto isso, o preço dos desktops subiu 8% e chegou a R$ 2.212, em média.
Para o analista de pesquisa da IDC, Wellington La Falce, a retomada do crescimento de vendas de PCs ocorre porque “ainda não temos um dispositivo que faça tudo o que um computador faz”. Segundo ele, a categoria ainda é “necessária e, por enquanto, insubstituível”.
Com altas nos últimos dois anos, os analistas da IDC esperam que as vendas, naturalmente, voltem a cair. O que contribui para essa projeção são os resultados do último trimestre de 2018, que ficaram abaixo do mesmo período do ano anterior.
Nesse intervalo, a categoria vendeu 1,22 milhão de notebooks, desempenho 5,5% menor que o do último trimestre de 2017. Ao mesmo tempo, foram 424 mil desktops vendidos, equivalente a uma retração de 17%.
“A queda foi puxada pela performance baixa do varejo. A Black Friday não foi tão forte quanto deveria e o consumidor também já tinha feito compras no ano anterior, ou seja, não teve tanta urgência na troca”, avalia La Falce.
Para 2019, especialmente no primeiro trimeste, a projeção é de nova queda. De acordo com a IDC, o mercado de PCs deve apresentar um recuo de 7,5% e terminar o ano com 5,15 milhões de unidades vendidas.
Com informações: Valor, TeleSíntese.
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