Desenvolvedor é demitido após terceirizar seu trabalho para a China
Aqui vai uma historinha curiosa contada pela operadora Verizon. Bob era um desenvolvedor de software conhecido por ser experiente em várias linguagens de programação, incluindo C++, Java, Python e Ruby. Ele ganhava um bom salário numa empresa crítica de infraestrutura nos EUA e recebia ótimas avaliações de desempenho dos chefes. Só tem um detalhe: ele não programava nada. Como assim?
A empresa na qual Bob trabalhava pediu ajuda para a Verizon após detectar tráfego incomum no seu VPN com autenticação de dois fatores, que permitia que os funcionários pudessem trabalhar de casa. Nos logs de conexão, a empresa notou que um computador localizado em Shenyang, na China, usava as credenciais de Bob para entrar na rede — só que Bob estava na própria empresa, sentado na sua mesa, em frente ao monitor.
O mais provável era que o computador de Bob estivesse com algum malware, um problema grave que poderia resultar em vazamento de dados confidenciais. Mas a Verizon investigou os hábitos do funcionário e descobriu que não era nada disso: na verdade, Bob usava o seu salário para pagar chineses que faziam o trabalho por ele. Como os salários dos chineses são menores, ele conseguia ganhar bem sem fazer muito esforço.
Mas e a autenticação de dois fatores do VPN da empresa? Só um login e uma senha não seria suficiente para que alguém da China entrasse na rede. Bob resolveu esse problema enviando seu token pelos correios. Assim, seu expediente se resumia a assistir a vídeos de gatos no YouTube, atualizar seu Facebook e, no fim da tarde, enviar um relatório para a gerência com tudo o que “fez” no seu cansativo dia de “trabalho”.
Depois que tudo ficou esclarecido, por mais que Bob tenha sido genial e muito criativo, ele acabou perdendo seu emprego — afinal, se a empresa o contratou, é porque ela queria que Bob desenvolvesse os projetos, e não um chinês. Pelo menos agora a empresa tem uma ideia para reduzir custos.
Com informações: The Register.