Internet mais rápida do mundo está na China: 1,2 Tb/s
Conexão permitiria baixar todo o catálogo global da Netflix em cerca de meia hora. Projeto FITI utiliza 3 mil quilômetros de fibra ótica.
Conexão permitiria baixar todo o catálogo global da Netflix em cerca de meia hora. Projeto FITI utiliza 3 mil quilômetros de fibra ótica.
A China ativou uma nova rede de internet capaz de trafegar dados à velocidade 1,2 Terabit por segundo (Tb/s). Ela é muito mais veloz do que a mais avançada rede de fibra ótica vista nos Estados Unidos, com 400 Gigabit/s por segundo (Gb/s). Os envolvidos no projeto FITI dizem que é possível baixar 150 filmes 4K em somente um segundo. Daria para fazer o download de todo o catálogo global da Netflix em cerca de meia hora.
Este cálculo foi divulgado pela Huawei, uma das participantes da iniciativa. Cabe lembrar, porém, que a alta velocidade vale para trânsito de informações no chamado backbone, ou seja, a espinha dorsal da rede de internet daquele país. A ideia é utilizá-la para fomentar aplicações de educação e medicina.
Estamos falando principalmente de um novo cabeamento de 3 mil quilômetros que sai de Pequim, a capital da China, e passa tanto por Wuhan quanto por Cantão (ou Guangzhou, na forma original). A rota começou a ser testada em julho, mas só agora está pronta para o lançamento oficial. O anúncio conjunto do governo com parceiros da iniciativa privada ocorreu na segunda-feira (13).
Todo o hardware e software utilizados no projeto FITI são produzidos na própria China, mais um indicativo de que o gigante asiático avança em tecnologias de conectividade.
Apesar do destaque dado pelo governo, é importante notar ainda que a conexão de 1,2 Tb/s não chegará diretamente na casa dos consumidores. Ela será utilizada em comunicações que partem de locais específico. A ditadura chinesa não divulgou planos de expandi-la para outras partes do país.
O projeto batizado de Infraestrutura Tecnológica da Internet do Futuro (FITI, na sigla oficial) começou em 2013 e tinha a meta de ativar a rede de 1 Tb/s até 2025. No entanto, ela foi tão bem sucedida que conseguiu antecipar o prazo em dois anos.
A iniciativa tem o comando do Ministério da Educação do regime chinês e apoio de 40 universidades. As autoridades dizem que, dessa forma, será possível depender menos de rotas nos Estados Unidos e no Japão.
Com informações: Bloomberg, Firstpost, South China Morning Post e CNN