Xiaomi 12S Ultra custa quase R$ 3 mil só para ser fabricado
Smartphone high-end da chinesa tem peças caras que aumentam consideravelmente o custo de produção, como processador, tela e câmera
Smartphone high-end da chinesa tem peças caras que aumentam consideravelmente o custo de produção, como processador, tela e câmera
O Xiaomi 12S Ultra é o novo topo de linha da fabricante chinesa. O modelo, que entrega até 12 GB de RAM e sensor Sony de 1 polegada, está disponível na China por US$ 890 (R$ 4.778 em conversão direta). No entanto, segundo um levantamento feito pela Counterpoint Research, a empresa precisa desembolsar quase R$ 3 mil para fabricar o dispositivo. Tela, processador, câmera e memória são as peças mais caras.
A Counterpoint Research elaborou uma lista dos componentes usados na fabricação do Xiaomi 12S Ultra. Segundo a empresa de análise, a versão inicial com 8 GB de RAM e 256 GB de armazenamento custa US$ 516 para ser fabricada (R$ 2.770 em conversão direta).
O levantamento aponta que a tela, câmera, processador e memória são as peças mais caras, representando quase 67% do custo total, com valores de US$ 89, US$ 79, US$ 128 e US$ 58, respectivamente.
Vale ressaltar que a Xiaomi não lucra exatamente US$ 374 em cada aparelho vendido, pois a lista não considera custos em P&D e marketing, por exemplo.
A fabricante chinesa já comercializou mais de dois milhões de unidades do Mi 11 Ultra que, em sua versão inicial, também custa US$ 890. Com isso, espera-se que o modelo mais recente continue o bom desempenho e ajude a melhorar a lucratividade da empresa no segmento premium.
A própria Xiaomi faz questão de ressaltar que tem uma baixa margem de lucro quando comparada a outras fabricantes. No lançamento do Mi 11 Ultra, um executivo da empresa disse que “sempre manteremos uma margem de lucro geral de 5% em todos os nossos negócios de hardware”.
Com base na declaração, é possível concluir que existe um espaço para produtos específicos terem lucros menores ou maiores, como o novo Xiaomi 12S Ultra, desde que o valor para todo o setor de hardware não ultrapasse os 5%.
De qualquer forma, não há informações sobre quanto do preço final do aparelho realmente vai para os cofres da empresa.
Com informações: AndroidAuthority e Counterpoint Research.