Zao, app de deepfakes, é restrito pelo WeChat por “riscos à segurança”
WeChat proibiu usuários de baixarem o Zao por seu navegador devido a denúncias à página do novo aplicativo
WeChat proibiu usuários de baixarem o Zao por seu navegador devido a denúncias à página do novo aplicativo
O aplicativo de deepfakes Zao foi lançado na sexta-feira (30) na China e já causa polêmicas por conta de sua proposta de incluir o rosto de usuários em cenas famosas. Ele teve seu acesso restrito pelo WeChat, que apontou riscos de segurança.
O WeChat proibiu o download do novo aplicativo em seu navegador e o envio de links de convite dentro de conversas. Quando os usuários tentam fazer isso, o mensageiro alerta que a página foi “denunciada várias vezes e contém riscos à segurança”.
Apesar da restrição, ainda é possível compartilhar pelo WeChat os vídeos com cenas editadas. Disponível somente na China, o Zao viralizou ao fazer com que uma selfie fosse suficiente para que os usuários pudessem “participar” de trechos de filmes, shows e clipes.
O Zao limita o deepfake a uma lista predefinida de produções e permite gerar GIFs de cenas famosas para os usuários compartilharem em outras plataformas. Em poucos dias, o aplicativo se tornou o mais popular da App Store da China e ainda possui uma longa lista de espera.
https://twitter.com/AllanXia/status/1168049059413643265
Com tanta facilidade para se criar vídeos editados, surgem mais preocupações sobre deepfake, que usa inteligência artificial para trocar o rosto de pessoas em vídeos. A técnica, que pode ser usada em vídeos divertidos, também pode servir para prejudicar terceiros.
Além disso, há o questionamento sobre quem é o proprietário dos vídeos editados. Um trecho removido dos termos de uso do Zao dava aos criadores do app a propriedade e os direitos autorais sobre o conteúdo criado pelos usuários.
Agora, os desenvolvedores do Zao prometem usar esse conteúdo apenas para melhorar o aplicativo. Eles também afirmam que os vídeos excluídos pelos usuários também serão removidos de seus servidores.
“Entendemos completamente as preocupações de todos sobre a questão da privacidade”, afirmou a equipe do Zao na rede social chinesa Weibo. “Estamos cientes do problema e estamos pensando em como resolver os problemas, precisamos de um pouco de tempo”.
Com informações: TechCrunch.
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